Novo auxiliar técnico de Quinteiros no Grêmio já foi preso por injúria racial
A nova comissão desembarcou em Porto Alegre neste domingo (5), com a apresentação do elenco tricolor marcada para dia 8 de janeiro
Chegaram ontem, mas começa hoje o trabalho da nova comissão técnica do time do Grêmio. Junto com Gustavo Quinteros, trabalharão quatro profissionais na comissão. Um deles chama atenção por um caso de quase 20 anos atrás. Leandro Desábato, ex-zagueiro e hoje auxiliar do novo comandante gremista, foi preso no Brasil por injúria racial.
O fato ocorreu em 2005, quando Desábato defendia o Quilmes, da Argentina. O clube foi a São Paulo enfrentar o Tricolor do Morumbi pela Conmebol Libertadores. O então zagueiro se desentendeu com o centroavante Grafite. Na confusão, cometeu injúria racial contra o jogador. Ele foi levado pela polícia do Morumbi para o 34º DP de São Paulo. O argentino permaneceu preso no local por dois dias, até ser liberado mediante pagamento de fiança. O processo não teve continuidade.
Na época, Desábato tinha 26 anos. O zagueiro construiu toda carreira na Argentina e conquistou seu grande título exatamente no Brasil. Em 2009, pelo Estudiantes, venceu a Conmebol Libertadores contra o Cruzeiro no Mineirão. Aposentado desde 2018, Leandro Desábato teve breves experiências como treinador, no próprio Estudiantes, em 2020, e no Almagro, em 2023.
Em seguida, para a temporada 2024, foi trabalhar com Gustavo Quinteros, seu primo, como auxiliar técnico. Juntos, conquistaram o Campeonato Argentino deste ano. Além de Desábato, Quinteros terá outros dois auxiliares no Grêmio, Maximiliano Quezada e Rodrigo Quinteros, e o preparador físico Hugo Roldán. A nova comissão desembarcou em Porto Alegre neste domingo (5), com a apresentação do elenco tricolor marcada para dia 8 de janeiro.
Opinião de @albanotricolor
A contratação de Quinteiros foi acertada, mas ter um integrante na comissão técnica com caso de racismo na carreira não é uma boa para o clube que luta contra um estigma nacional de racismo, que é imposto por um caso envolvendo uma torcedora contra o goleiro Aranha do Santos e que culminou com a nossa desclassificação da Copa do Brasil.
Será que dava para ser evitada a contratação? Eu acho que não, pois a direção gremista não tinha muitas opções e essa teria sido uma exigência do treinador. Prato cheio para a mídia e torcedores rivais voltarem a falar do assunto racismo e envolver o Grêmio.
Eu sugiro que a direção envolva ele nas campanhas realizadas pelo clube contra o racismo. Esse vai ter que provar muita competência para permanecer no clube.
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