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Os bastidores das impressionantes fotos de Ítalo Ferreira durante o eclipse solar

Para a produção, o surfista precisou ficar em uma posição alinhada com o momento em que a Lua se posicionava entre os astros envolvidos no fenômeno

15 out 2023 - 15h31
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Foto: Marcelo Maragni/Red Bull Content Pool / Perfil Brasil

No último sábado, 14, brasileiros acompanharam o eclipse solar anular, que registra a passagem da Lua na frente do Sol, como resultado de um alinhamento que envolve o satélite, o astro e o nosso planeta.

Nas redes sociais, inúmeras imagens do fenômeno viralizaram, entretanto, duas fotos se destacaram. Ítalo Ferreira, que conquistou a primeira medalha de ouro olímpica do surfe, foi fotografado durante o eclipse, resultando num efeito que parece mostrar o surfista no 'arco de fogo'.

As fotos impressionantes foram feitas pelo fotógrafo Marcelo Maragni no Rio Grande do Norte. De acordo com a Red Bull, o profissional realizou estudos científicos e contou com equipamentos especializados para conquistar o clique perfeito durante o eclipse solar anular. Além disso, vale destacar, o Rio Grande do Norte foi um dos melhores estados do país para presenciar o fenômeno.

Para as fotos, o surfista precisou ficar em uma posição alinhada com o momento em que a Lua se posicionava entre a Terra e o Sol. Ao mesmo tempo, o fotógrafo estava, há aproximadamente, 1 km de distância de Ítalo.

"Esse foi uma das fotos mais complexas que já fiz, foram trabalhosas tentativas de encontrar um local com a angulação de azimute, que é um ângulo em relação ao Norte e com uma inclinação específica de altura. Também usei dois celulares para simular um teodolito, que é um equipamento de medição de relevo; coloquei um filtro de densidade neutra na lente para diminuir a luz que entraria na câmera e usei espelhos para refletir a luz do Sol e iluminar o atleta e evitar o efeito de silhueta na imagem do Ítalo que o pôr do Sol costuma causar", explicou Marcelo Maragni .

Tentativa única

Os registros ocorreram numa única tentativa e em cerca de 5 segundos. Antes do dia do fenômeno, Maragni testou cenários para prever o imprevisível. No entanto, os ensaios e estudos começaram bem antes.

Quatro meses antes, o fotógrafo visitou mais de 20 picos e montanhas, próximas à praia, para identificar o lugar ideal. Além disso, também dez cálculos para conseguir o ângulo exato.

"Esse foi um projeto mais que especial para mim, fiquei muito feliz de aqui no Rio Grande do Norte a gente ter a melhor visão do eclipse e de ter sido abençoado com essa foto que a gente vem trabalhando há meses para que ficasse perfeita. Hoje quando saí de casa tinham muitas nuvens no céu e eu fiquei um pouco apreensivo, mas quando chegamos na pedra que seria o ponto perfeito calculado o tempo limpou. E quando começou o eclipse conseguimos fazer a foto que, na minha opinião, é provavelmente uma das melhores fotos que alguém já fez durante um eclipse. Estar vivendo esse momento é surreal e muito simbólico, principalmente porque representa um dos arcos olímpicos e me lembra o quão especial foram às Olimpíadas para mim", explicou Ítalo Ferreira.

Perfil Brasil
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