Sem garantir que fica, Cristaldo gosta de ser amuleto
Cristaldo ainda não garante que ficará no Palmeiras, mas relata que, em sua última conversa com Alexandre Mattos, o diretor de futebol brincou, dizendo-se aliviado porque o contrato do argentino não é por produtividade. Enquanto não chega nenhuma proposta interessante, o xodó da torcida curte a vida como amuleto e se isola na artilharia do time na temporada.
"Estou bem feliz. Não tenho palavras para descrever a emoção que sinto cada vez que o torcedor do Palmeiras grita meu nome. Entro em campo pensando muito mais positivo e com muito mais vontade de retribuir o carinho que eles me dão porque eles são torcedores que vêm aqui, pagam ingresso, uns vêm de longe, outros deixam a família, e com esse frio... Eles têm que voltar para casa felizes. É o que o Palmeiras está fazendo", comentou.
Nas mais recentes alegrias, Cristaldo tem sido decisivo. A torcida grita o nome do argentino no segundo tempo e, em três dos últimos quatro jogos, o atacante saiu do banco para balançar as redes. Assim, o camisa 9, mesmo na reserva, já soma 12 gols. Ninguém no elenco marcou tanto quanto ele. Por isso, virou amuleto, como era chamado de amuleto na Argentina por sair do banco para fazer gol no Vélez, como tem ocorrido no time alviverde.
"As coisas ficam mais fáceis quando o time está muito bem como o Palmeiras está hoje. No segundo tempo, aparecem mais situações de gol, e tenho que estar concentrado para finalizar bem. Se você tem 15 ou 10 minutos em campo, tem que deixar o máximo. O atacante tem que estar 100% concentrado para definir o jogo e finalizar no gol", explicou.Mas a chegada de Alecsandro e Barrios fez Cristaldo procurar Mattos e pedir para ser liberado caso chegasse alguma proposta e clubes mexicanos, argentinos e até europeus fizeram sondagens. Mas o camisa 9 desandou a fazer gols e é capaz que cumpra os três anos de contrato que lhe restam.
"Falei para meu empresário que não quero saber mais nada disso, estou 100% concentrado aqui. Se chegar uma proposta, ele trará ao clube para solucionar as coisas. Aí, é outra história, não sei o que vai acontecer. Mas não penso nas coisas fora de campo, só penso em jogar bola no Palmeiras", afirmou, agora feliz com a concorrência.
"É muito bom porque vamos brigar por posição no ataque e também evoluir bastante. Ter jogador como Barrios, Alecsandro e o próprio Leandro Pereira, que está jogando muito bem, me beneficia bastante porque vou crescer com eles. Vou aprender bastante e o maior beneficiado será o Palmeiras", falou, sem sentir que seus gols pressionam o técnico Marcelo Oliveira a escalá-lo como titular.
"O Marcelo já sabe como jogo. Se for titular, estarei 100%. Se for suplente, 200%, para apoiar os companheiros e, depois, tratando de ajudar em campo. Se eu não jogar, tenho que estar com a melhor cara e mostrar que quero jogar sempre, como todo jogador. Dou meu apoio fora de campo e trato de respeitar o companheiro que vai jogar", ensinou.