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Arce e Palmeiras, antigas 'almas gêmeas', se reencontram em lados diferentes na Libertadores

Duelo entre Cerro Porteño e Verdão, nesta quarta-feira, marcará o primeiro reencontro do treinador com o clube em que fez história como jogador

28 jun 2022 - 06h51
(atualizado às 06h51)
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Nesta quarta-feira, o Palmeiras visita o Cerro Porteño pelo jogo de ida das oitavas de final da Libertadores. O duelo marca o reencontro do Verdão com um velho - e campeão - conhecido: Francisco Javier Arce.

Arce nos tempos de Palmeiras, quando fez história na primeira Liberta do clube (Foto: Nelson Almeida/Lancepress!)
Arce nos tempos de Palmeiras, quando fez história na primeira Liberta do clube (Foto: Nelson Almeida/Lancepress!)
Foto: Lance!

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Treinador da equipe paraguaia desde janeiro de 2020, o ex-lateral do Verdão foi peça fundamental do time que venceu a Libertadores-1999, a primeira conquistada pelos palestrinos.

No ano de 1998, a pedido do então técnico Luiz Felipe Scolari, o Palmeiras entrou firme no mercado para acertar um contrato com Arce, na época defensor do Grêmio. A proposta oferecida pelo clube paulista foi a troca dos atletas Rodrigo e Maurílio, além de uma boa quantia em dinheiro.

A negociação se mostrou positiva, já que os cruzamentos e cobranças de bola parada do paraguaio entraram para a história do Alviverde, rendendo conquistas nacionais e no exterior. Em entrevista a um canal no YouTube, inclusive, o ex-meia, companheiro e também ídolo do time, Alex, citou a batida como uma das melhores 'disparadamente'.

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- Eu tive que esperar um tempão para bater falta, porque para o Arce não tinha lado. Onde caía ele batia. Eu via o Arce todo dia, pelo amor de Deus, o Arce era absurdo. O melhor batedor disparadamente - disse o ídolo ao quadro Bolívia Talk Show, do canal Desimpedidos.

No Palmeiras, entre 1998 e 2002, Arce disputou 241 jogos e marcou 57 gols, além de conquistar a Copa do Brasil-1998, a Copa Mercosul-1998, o Torneio Rio-São Paulo-2000 e a Copa dos Campeões-2000, sem contar a Libertadores de 1999, já citada.

O ex-lateral é o estrangeiro que mais entrou em campo com a camisa palmeirense, ao lado do chileno Valdívia. Além de tudo, devido aos bons números e campanhas, o paraguaio disputou as Copas do Mundo de 1998 e 2002.

A relação de Chiqui Arce, como era conhecido, com a torcida palmeirense e com o clube ultrapassa os limites das quatro linhas. Em um momento difícil da vida do treinador, em 2021, quando soube da perda do filho em um acidente, o acolhimento das partes citadas foi o maior possível.

Arce recebeu inúmeras mensagens de apoio e carinho dos antigos companheiros de Palmeiras e, principalmente, dos torcedores, que tentaram encontrar um jeito de retribuir tudo o que já foi dado pelos pés do lateral. Essa empatia e solidariedade era o mínimo que poderia restar de uma relação vitoriosa.

Quis o destino que, em uma fase decisiva da competição continental, o então treinador se reencontre com o clube em que entrou, de vez, para a história do futebol.

Vale lembrar que o Cerro Porteño, agora, é o atual vice-campeão do campeonato paraguaio após ser derrotado para o Libertad, que também está na disputa pela Libertadores.

Lance!
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