Bastidores do Palmeiras na negociação de Veron envolveram conversa com Abel e até Endrick
Verdão sabe que valores poderiam ser melhores, mas uma série de fatores fizeram com que o clube se convencesse da venda. Expectativa por dupla gringa também influenciou
O Palmeiras praticamente selou a venda de Gabriel Veron para o Porto-POR na última quarta-feira. A decisão foi bastante contestada pelos torcedores nas redes sociais, principalmente pelo valor que a negociação deve sair. No entanto, foram vários os fatores que levaram o clube a aceitar a proposta e permitir a saída do jovem. Endrick, dupla gringa e manutenção de titulares foram alguns deles.
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Se os palmeirenses entendem que os 10 milhões de euros (R$ 55,4 milhões) são pouco para o potencial do garoto de 19 anos, o Verdão não pensa muito diferente, mas acredita que com a negociação para ficar com um percentual dos direitos (80%, antes eram 60%), a possibilidade de faturar 10% de uma futura venda e o mecanismo de solidariedade da Fifa, será possível aumentar o bolo mais para frente.
Talvez isso não convença o torcedor, quando ele compara esse negócio com o de jogadores menos talentosos de outros clubes, mas por não se tratar de um titular e de um atleta que ainda não conseguiu explodir como se esperava, o Palmeiras pondera que dentro de um determinado cenário, os valores foram aceitáveis.
Além desse estudo interno, houve uma conversa com Abel Ferreira, que foi mais relutante na aceitação da transferência. O treinador acredita que poderia manter o jogador mais tempo no elenco e potencializar os valores conversados atualmente. Diretoria e o comandante português chegaram ao entendimento sobre o caso.
O Verdão vê que em breve terá Endrick à disposição, que também tem um grande potencial e precisará de espaço para poder se desenvolver. Além disso, há uma aposta enorme dos dirigentes e da comissão técnica em cima de López e Merentiel, recém-contratados. Sem contar o retorno de Giovani, que é outra joia bastante requisitada no mercado europeu e que pode contribuir em campo.
Talvez o mais importante dos argumentos seja a possibilidade de atingir a meta de transferências de atletas para 2022 (R$ 133 milhões) e não precisar vender jogadores importantes nesta janela. Neste caso falamos dos titulares, que foram mantidos até aqui e não devem sair antes do fim do ano. Não há problemas financeiros, mas equilibrar esse fator permite tranquilidade e manutenção de um time forte.
Por enquanto, as reposições projetadas pelo Palmeiras já estão no clube, como Giovani, Endrick, Flaco, Merentiel e até Rony voltando a jogar pelo lado. No entanto, não está descartada uma contratação que se encaixe no perfil do time no mercado, ou seja, com baixo custo, com idade que ainda tenha "lenha para queimar" e que seja melhor e mais pronto do que já tem disponível na base alviverde.