'Cabo de guerra' entre Palmeiras e CBF gera revolta entre torcedores; confira repercussão
Confederação Brasileira de Futebol respondeu ao clube alviverde após declaração do auxiliar técnico João Martins em entrevista coletiva.
A não expulsão de Zé Ivaldo na partida do último domingo entre Athletico-PR e Palmeiras desencadeou em uma sucessão de eventos que, na ponta final da cadeia, explicitou um verdadeiro 'cabo de guerra' entre a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e o clube alviverde.
Após a partida na Ligga Arena, válida pela 13ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro — que terminou em empate por 2 a 2, após o Verdão desperdiçar vantagem de dois gols no embate —, o auxiliar técnico João Martins desabafou na entrevista coletiva.
O português, que comandou o Verdão no lugar do suspenso Abel Ferreira, detonou a arbitragem nacional e apontou que "é ruim para o sistema o Palmeiras ganhar (o Brasileirão) dois anos seguidos". Além disso, Martins declarou que "na Europa, não veem jogos do Brasileiro porque parece mais teatro do que futebol".
A fala gerou uma resposta contundente da CBF. Na manhã desta segunda-feira (3), a entidade nacional acusou o auxiliar de xenofobia, criticou pesadamente as declarações e reiterou que irá ao STJD "para que ele (João Martins) revele qual seria o esquema ou o sistema no futebol brasileiro que não permite que o melhor vença".
O Palmeiras logo contra-atacou. Em extensa nota, o Verdão defendeu o auxiliar, pediu isonomia, apontou agressividade da CBF e questionou a entidade em oito pontos diferentes, voltando a citar erros de arbitragem contra a equipe.
Toda a polêmica, claro, não passou despercebida pelos torcedores do Verdão. Pelas redes sociais, alguns lembraram da declaração do técnico Felipão, do Atlético-MG, também na noite de domingo, para apontar "hipocrisia" da CBF.
Sobre o árbitro Wilton Pereira Sampaio, após empate por 2 a 2 contra o América-MG, Luiz Felipe Scolari afirmou que o atacante Hulk é alvo constante de cartões amarelos e demais advertências "por ordem lá de dentro", sem especificar a que estava se referindo.
A Confederação Brasileira de Futebol, até o momento da publicação desta reportagem, não havia se manifestado contra a fala de Felipão — o que causou revolta em alguns palmeirenses.
Também pelas redes sociais, outros torcedores preferiram apontar omissão da diretoria alviverde. O fato de que foi João Martins, e não Anderson Barros, o autor do desabafo do último domingo já havia gerado incômodo.
A nota do Palmeiras nesta segunda-feira também incomodou. "Coletiva para apresentar avião? (emoji sorrindo). Nota para defender o clube? (emoji de sono). Só pela misericórdia…", publicou um torcedor. Há, pois, cobrança por maior contundência da diretoria e da presidente Leila Pereira.