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Deyverson relembra período no Palmeiras e agradece Felipão

Atacante afirma que se arrepende de confusão em clássico contra o Corinthians e projeta futuro na Europa

10 mar 2021 - 09h00
(atualizado em 11/3/2021 às 07h07)
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Autor do gol do título do Palmeiras no Campeonato Brasileiro de 2018, Deyverson despertou um mix de sentimentos entre os torcedores durante a sua passagem pelo Palestra Itália. A irreverência e os gols trouxeram muito carinho, mas as expulsões e polêmicas deixaram muita gente na bronca.

Deyverson atuou no Palmeiras entre 2017 e 2020
Deyverson atuou no Palmeiras entre 2017 e 2020
Foto: Cesar Grecco/Palmeiras

Atualmente no Alavés, da Espanha, o atacante reconhece que não soube lidar com a oportunidade de defender um time grande no Brasil pela primeira vez na carreira.  “(A passagem) Foi de altos e baixos. No Palmeiras, por culpa minha mesmo, eu me deixei levar pela empolgação, por estar jogando em um clube tão grande no Brasil, onde eu não tinha jogado. Você quer demonstrar tanto e acaba passando dos limites. Eu passei dos limites, fui expulso, algumas coisas que eu fiz e eu me arrependi, tanto que pedi desculpas para a torcida, mas também pedir muita desculpa fica chato. Depois eu tive os meus momentos de glória, Deus me abençoou com o gol do título, comecei a fazer gols”, lembra em entrevista ao Terra em encontro promovido pelo time da Betway, empresa de casa de apostas.

Sincero, Deyverson diz que dá razão para algumas críticas: “A torcida estava um pouco de saco cheio, até entendo a parte do torcedor, porque o torcedor é apaixonado. Como eu sempre falei, eu nunca vou entrar em atrito com torcedor, palmeirense é apaixonado, ele vai sempre defender o clube. Ele gosta do jogador, mas o amor dele é o clube. O Palmeiras estará no meu coração. Meu sangue vai ser sempre verde. Eu sou vascaíno, nunca escondi isso, mas o Palmeiras foi quem abriu as portas para mim e tenho o clube bem guardado. Tenho muito carinho pelo Palmeiras e todo mundo que trabalha no clube”.

No Palmeiras, Deyverson conquistou a confiança de Luiz Felipe Scolari. O técnico do pentacampeonato mundial do Brasil apostou no jogador que estava sem espaço após a saída de Cuca.  “Felipão é pai, é amigo, é um cara que confiou em mim, que me abraçou. Tanto por confiar em mim, eu fiz o gol do título e não podia deixar de abraçá-lo na hora e falar no ouvido dele: ‘Obrigado por tudo, gratidão!’. Gratidão por tudo que o Felipão é, um treinador que, no meio de tanto caras exemplares, deu oportunidade para o Deyverson, que estava desacreditado, meio que largado no Palmeiras”, elogia.

O centroavante confirmou que a boa relação com o treinador foi um dos motivos para recusar a proposta do futebol chinês no começo de 2019. Na época, o Shenzhen FC ofereceu quase R$ 64 milhões para contar com o jogador. “Deixei de ir para a China pelo carinho que tenho pelo Palmeiras e pelo Felipão, eu não podia deixá-lo naquele momento que ele estava precisando de mim”, explica.

Entre as polêmicas dos tempos de Palmeiras, uma, em especial, é lembrada por Deyverson até hoje: a expulsão envolvendo o lance com Richard, do Corinthians. “Eu me arrependo muito pelo fato de ele ser humano como eu. Eu deixei a raiva me levar, cometi esse erro. Eu liguei para ele depois, ele me desculpou, mas mesmo assim, têm os vídeos, isso fica. Sempre que se coloca Deyverson, aparece. Foi uma coisa que me magoou muito, não só a mim, mas também as pessoas que me amam, que sabem que não sou desse tipo. Eu também tive um caso com o Godín, do Atletico de Madrid (atualmente o zagueiro está no Cagliari, da Itália), mas ele reagiu e cuspiu também. Mas com o Richard não teve esse problema. Ele não reagiu, me desculpou”.

Futuro no futebol europeu

Com mais um ano de contrato com o Palmeiras, Deyverson diz que continua acompanhando o clube paulista e mantém contato com alguns jogadores. No entanto, ele diz que está feliz no Alavés e afirma que seu desejo é continuar no futebol europeu.

“Minha volta (para o futebol europeu) foi muito importante por saber o carinho que eu tenho dos clubes na Europa. Agradecer o Getafe, o carinho. Não deu certo também porque o futebol tem dessas coisas, tinha outros centroavantes que estavam na minha frente. Pensaram e escolheram não assinar comigo, respeitei e aceitei. Aí apareceu o Alavés, clube onde eu já tinha estado, onde tinha jogado. Foi uma época sensacional, voltar aqui foi uma felicidade enorme, sinal que não te esqueceram, que tem muito carinho por você. Me senti muito feliz e muito grato”, declara. “No momento, eu não gostaria de voltar (ao Brasil), mas pretendo voltar (um dia) porque tem a minha família. Se tiver que voltar para o Palmeiras, onde tenho contrato de mais um ano, irei voltar e fazer o meu máximo sempre”, completa.

Para Deyverson, a diferença entre o futebol brasileiro e europeu está na intensidade. “Estou há oito anos na Europa, já estou acostumado a jogar aqui, aqui não tem muito espaço. O futebol aqui é mais pegado, mais próximo, não tem como você respirar muito. No Brasil, ainda tem o tempo de você pensar e ver o que você vai fazer com a bola. O futebol aqui é muito dinâmico”, analisa.

A pressão da torcida também é diferente dos dois continentes. Atualmente, o Alavés é apenas o 18º colocado no Campeonato Espanhol, o primeiro time na zona do rebaixamento.  “Aqui o time não está em um momento bom, mas eu ando para cima e para baixo, ninguém fala nada, ninguém ameaça ou coloca pressão. Quando as pessoas querem falar, elas falam independentemente de ser time pequeno ou grande. Mesmo com o time na posição que está, as pessoas mandam mensagem, incentivando, dando força. É totalmente diferente que no Brasil, que quando a gente perdia um clássico ou um jogo que a gente tava precisando, rolavam algumas ameaças. Como não conseguem te atingir, vão atingir a sua família. Até por isso que muitos jogadores querem ir para a Europa”.

Perto de completar 30 anos, o atacante afirma que mudou muito o seu comportamento. “Hoje em dia, eu sou um Deyverson totalmente cabeça, sou cara um transformado. Acho que toda aquela empolgação quando cheguei ao Palmeiras, realizei um sonho, era novo, é normal do ser humano, mas acaba passando. Hoje a minha família está sempre me apoiando, uma esposa que está do meu lado, que me apoia, que puxa minha orelha quando tem que puxar, que elogia quando tem que elogiar. Como eu falo, o homem acha que é superior muitas vezes, mas ele não vive sem uma mulher. Hoje o Deyverson é um pai de família, muito focado, me alimento melhor, mais focado no meu treino, durmo mais cedo.  Eu coloquei isso na minha cabeça. A idade vai chegando, 30 anos, não tenho mais 20”, argumenta.

E se voltar para o Brasil, Deyverson não descarta defender um rival do Palmeiras. “Eu nunca fecho porta para clube nenhum, sou um cara profissional, dependo do futebol, não para ser feliz, que aí eu dependo da minha família, da minha esposa e das milhas filhas, o futebol é uma profissão. Ninguém depende de profissão para ser feliz. Jogaria, sem problemas nenhum. O torcedor que não entender isso está sendo hipócrita. Nunca fecharia as portas para nenhum clube, nenhum rival”, garante.

Fonte: Redação Terra
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