Final, show e desmontagem: Allianz Parque está pronto para novo compromisso do Palmeiras
Gramado sintético permite que em poucas horas depois de um grande show o estádio esteja adequado ao jogo de futebol
Faz pouco mais de uma semana que o Allianz Parque foi o centro da discussão sobre qual seria o estádio que abrigaria o Palmeiras no segundo jogo da final do Paulistão por conta de um show que impediria a disputa. Depois de um trabalho de bastidor de Leila Pereira e seus pares, a arena palmeirense foi adaptada para que o time recebesse o São Paulo e levantasse o troféu. Menos de uma semana depois, o gramado já está pronto para outra partida.
TABELA
GUIA DA LIBERTADORES
No último domingo, já com o palco montado na frente do Gol Norte, houve a final do estadual, em que parte da arquibancada não pôde ser utilizada por conta da falta de visão do campo. Tudo isso por conta do show do Maroon 5, que aconteceria na terça-feira seguinte e seria o primeiro grande evento do estádio depois da pandemia. Mais um teste para o gramado sintético.
- O campo ficou liberado quarta-feira ao meio-dia. O que eles desmontaram depois foi o palco. Mas vamos imaginar: o campo liberado ao meio-dia eu já conseguia passar, fazer a manutenção ali, ter um jogo à noite, por exemplo. Como eles tiveram que desmontar o palco, a gente não mexeu. Aí eles desmontam o palco e nós entramos e fizemos a manutenção. Não tinha pressa. Mas se fosse um jogo na sequência já daria - disse Alessandro Oliveira, CEO da Soccer Grass em conversa com o LANCE!.
- Se a final fosse depois do show e não antes, eu precisaria de seis horas para liberar. O meu trabalho é mais por segurança, a gente passa um tapete de imã no campo inteiro para tirar resíduos de metal, ou seja, algum prego, parafuso, já que em uma montagem desse tamanho, sempre sobra alguma coisa, não tem como. Se você não tiver um imã forte, você só vai achar quando estiver na perna de alguém. Além disso a gente passa uma escova, e está liberado, a bola vai rolar da mesma forma - completou o executivo responsável pelo sintético.
Se o Allianz Parque ainda tivesse a grama natural, provavelmente o gramado não estaria pronto para uma final ou até mesmo para o jogo deste fim de semana. E se a liberação fosse feita, haveria um grande prejuízo na qualidade do campo, que influenciaria o desempenho das equipes no duelo.
- Depois do evento, você precisa ver o nível de estresse que a grama natural sofreu, porque às vezes ela já vem de um estresse, de muita chuva. "Ah, mas ela só foi coberta por três", mas muitas vezes três dias suficientes para ela não ficar boa, então depende muito de quando você tira a estrutura para ver como está, como aconteceu em 2019, na Libertadores, no jogo de volta das quartas de final contra o Grêmio. Tiraram a cobertura, não estava bom e o jogo foi para o Pacaembu e o Palmeiras acabou sendo eliminado.
Sem esses contratempos causados pelo campo, o Palmeiras pode ficar tranquilo quanto ao gramado que vai encontrar para receber o Ceará, neste sábado, às 21h, no Allianz Parque, pelo Brasileirão. Mesmo com todos esses eventos durante a semana, o clube pode dizer que conseguiu reduzir ao máximo os possíveis prejuízos que teria com a realização do show do Maroon 5. O Verdão está como tudo pronto para iniciar a busca por um novo título.