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Justiça determina prazo para Palmeiras se manifestar em caso de morte de torcedora

Gabriela Anelli morreu nos arredores do Allianz Parque antes do confronto entre o Alviverde e Flamengo por ferimentos no pescoço

7 nov 2024 - 15h00
(atualizado às 15h17)
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Foto: Reprodução/Redes sociais - Legenda: Vítima da tragédia, Gabriela era integrante de torcida organizada, mas na ocasião estava como torcedora comum / Jogada10

A Justiça de São Paulo estabeleceu um prazo de 15 dias para o Palmeiras manifestar-se sobre caso de morte da torcedora Gabriela Anelli Marchiano. Ela sofreu ferimentos no pescoço depois de ser atingida por estilhaços de vidro de uma garrafa. O episódio ocorreu nos arredores do Allianz Parque antes do confronto entre o Alviverde e o Flamengo.

Assim, a tragédia foi motivada por arremessos de objetos de uma torcida rival para outra. O irmão da vítima, Felipe, foi o responsável por dar entrada na ação. Ele também pediu justiça gratuita, cenário aceito pelo tribunal. Além de sigilo judicial, mas que houve rejeição. No entanto, o juiz Danilo Fadel de Castro estabeleceu que haverá a manutenção do segredo aos documentos que forem anexados ao processo.

Felipe argumenta que sua irmã era integrante de uma organizada do Palmeiras. Entretanto, estava como uma torcedora comum no dia 8 de julho de 2023, quando foi ao Allianz Parque para acompanhar o embate entre o Palmeiras e o Flamengo.

Ele cita que em um determinado momento, na entrada do estádio das duas torcidas, houve a abertura dos portões que as separavam, o que originou a tragédia.

Relato aponta detalhes de confronto

Houve também a anexação do depoimento colhido de um guarda municipal durante a investigação para detalhar como ocorreu a morte. O profissional de segurança afirmou que houve a abertura de um portão sem motivo aparente. Assim, os torcedores palmeirenses, em minoria, foram ao espaço exclusivo para os flamenguistas. Posteriormente, começou a briga generalizada.

Até que o guarda passou a tentar dividir os torcedores. Em seguida, percebeu o arremesso de garrafas de ambos os lados, algumas ainda com líquidos e outras com pedras. O profissional estipulou que aproximadamente 250 pessoas participaram da confronto. Depois de conseguir fechar o portão, ele passou a escutar pedidos de socorro dos palmeirenses. Afinal, uma torcedora sofreu ferimentos no pescoço por estilhaços de vidro resultante de uma garrafa que veio do lado flamenguista e passou por cima do portão.

Primeira assistência nos arredores do estádio do Palmeiras

Deste modo, Gabriela recebeu os primeiros socorros no local e foi direcionada ao pronto socorro. Porém, ela não resistiu aos ferimentos e veio a óbito no dia 10, aos 23 anos. O corte no pescoço provocou uma hemorragia aguda externa.

Na ação, os representantes jurídicos de Felipe baseiam-se no Código de Defesa do Consumidor. A tentativa é convencer que o espaço de um local esportivo não se limita ao estádio ou a um ginásio. Pelo contrário, inclui também os arredores. A intenção é provar que o Palmeiras não teve condições de garantir a segurança ideal e evitar confusões no Allianz e seus arredores. Ou seja, o Alviverde tem que ser responsabilizado pelos prejuízos.

"Como mandante do evento, é cristalina a responsabilidade da agremiação local nas situações que ocorram nas dependências do certame ali realizado e que venham colocar em risco a segurança dos espectadores presentes antes, durante e após o cotejo", alegam a defesa da família de Gabriela.

Desta forma, o pedido é por uma indenização de R$ 1 milhão atrelada aos danos morais. Assim como o pagamento de R$ 150 mil pelos honorários dos advogados. O Palmeiras optou por ainda não se manifestar.

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