Leila Pereira responde Mancha Verde e rebate: "seja candidato e vá dirigir o Palmeiras"
A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, respondeu nota emitida pela torcida organizada Mancha Verde, nesta quarta-feira, que a criticou por ceder o Allianz Parque para rival São Paulo. Em entrevista à ESPN, a presidente do clube alviverde abordou diversos temas, entre eles as recentes desavenças com a principal torcida do Verdão.
Leila Pereira negou e explicou que o acordo com o rival aconteceu em conjunto com o departamento de futebol. Segundo a presidente, o Palmeiras precisava de um estádio para a partida contra o Santos pela sexta rodada do Paulistão e, em conjunto, a direção do time entendeu o Morumbi como a melhor opção. Em conversa com o presidente do Tricolor, ficou acordado uma parceria caso o São Paulo precisasse de uma casa para jogar.
"Eu fiz a seguinte pergunta: 'O que é melhor para ao futebol?'. E responderam: 'jogar no Morumbi'. Entrei em contato com o presidente Casares para saber da possibilidade. Ele disse: 'Leila, não tem problema nenhum. Vocês podem jogar. Mas nós se precisarmos jogar no Allianz, tudo bem para vocês?'. Foi uma reciprocidade", explicou.
Ainda falando sobre as cobranças da torcida, Leila afirmou não se afetar pela pressão e que por viver o dia a dia do time, sabe o que o Palmeiras precisa. A presidente ainda sugeriu que, aqueles que querem comandar o clube, façam o caminho que ela fez.
"Eu não administro o Palmeiras segundo nota de torcida organizada. Torcida tem que torcer. Eu sou presidente do Palmeiras, dirijo o Palmeiras. Se alguém da organizada quiser dirigir o Palmeiras, é fácil. Seja sócio, conselheiro, se candidate e vá dirigir. Eu fui eleita, eu tenho responsabilidade. Eu sei o que é melhor para o Palmeiras por estar no dia a dia", disse.
Entre as provocações recentes, o Allianz Parque teve os muros pichados, com cobranças à diretoria, pedindo reforços. Leila disse que os responsáveis foram identificados, pagaram os custos da manutenção e ainda fez provocação à escola de samba da Mancha Verde, vice-campeã dos desfiles de 2023.
"Aquilo foi torcedor que pichou. 'Eu amo o Palmeiras, sou apaixonado', quem ama não depedra, quem ama não comete violência, quem ama não estraga o patrimônio do clube. Quer pichar? Ok, picha o estabelecimento deles (…) houve o desfile da escola de samba, a escola de samba deles não foi vencedora, alguém foi lá pichar o muro deles? E é um campeonato só que eles disputam, o Palmeiras disputa vários", afirmou.
Em meio ao conflito entre presidente e torcida, o Palmeiras volta a campo neste sábado, às 19h (de Brasília), para enfrentar o São Bernardo pelas quartas de final do Campeonato Paulista.