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Leila se lança para reeleição no Palmeiras e diz que suas empresas deixarão o clube

Empresária sinaliza com o fim da era Crefisa como patrocinadora e faz discurso para centenas de apoiadores com champagne e aplausos

23 set 2024 - 21h55
(atualizado às 23h17)
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Leila Pereira lançou na noite desta segunda-feira, 23, sua candidatura para tentar se reeleger presidente do Palmeiras. Em um restaurante italiano na zona oeste de São Paulo, a atual presidente falou por meia hora com a imprensa, atacou a oposição e fez longo discurso em frente aos seus principais aliados, concluído com brinde regado a champanhe.

Enquanto garçons circulavam vestindo um avental verde em que se lia o nome da chapa de Leila - "Palmeiras campeão: trabalho, evolução e conquista" - a empresária atacava seu único rival no pleito, o advogado Savério Orlandi, falava sobre assuntos ligados ao time e jactava-se das conquistas palmeirenses sob sua gestão.

"Passou muito rápido, quase três anos atrás eu estava aqui fazendo campanha para a minha primeira eleição e não tive adversário (em 2021). Agora tenho, e vou te falar que fica até mais democrático, eu gosto de ter alguém contrapondo nosso trabalho. Até aparece mais o que fizemos nestes três anos, foram muitas realizações", afirmou.

Outra possibilidade de estender o contrato de Abel Ferreira, o planejamento para o novo Mundial de Clubes da Fifa, a ser disputado no próximo ano, reforços e as negociações com empresas interessadas em estampar suas marcas na camisa do Palmeiras foram os temas que dominaram a entrevista de quase meia hora. Ela indicou que suas empresas, a Crefisa e FAM, vão deixar de patrocinar o clube depois de uma década.

"Vou te falar uma coisa: pode ser que a Crefisa saia da camisa do Palmeiras, mas o Palmeiras jamais vai sair da vida da presidente da Crefisa", afirmou a dirigente. "Acho que tudo tem um ciclo na vida, nós fizemos muitos pelo Palmeiras, e o Palmeiras fez muito pelas minhas empresas".

Leila discursa para apoiadores em lançamento de sua candidatura para se reeleger presidente do Palmeiras
Leila discursa para apoiadores em lançamento de sua candidatura para se reeleger presidente do Palmeiras
Foto: Ricardo Magatti/Estadão / Estadão

Quando Neymar foi citado na entrevista, a cartola tratou de espantar especulações ao dizer que não vai investir em reforços midiáticos para o Mundial. "Se vocês me ajudarem a pagar o Neymar, eu penso nisso, sabe?", brincou.

"Enquanto eu for presidente do Palmeiras, esquece esse negócio: 'Vamos trazer um nome de peso'. Não existe nome de peso", reforçou a empresária carioca. "Não vou fazer loucuras. A presidente Leila Pereira nunca fez e nunca fará. Eu nunca fiz nos meus negócios, ainda mais administrando um bem que não é meu".

Embora diga ser uma mulher que pensa a curto prazo, ela afirmou que seu desejo é de que Abel Ferreira renove mais uma vez seu vínculo com o Palmeiras, desta vez até o fim de 2027 (quando terminaria seu novo mandato, caso seja reeleita).

Embora seja uma cartola-celebridade, que furou a bolha do futebol e é conhecida até por quem não acompanha o Palmeiras, o seu plano, ao menos por ora, não é crescer como dirigente a ponto de buscar, por exemplo, ser presidente da CBF. "Eu vivo o agora. Minha vida é no Palmeiras".

Leila Pereira com os integrantes de sua chapa
Leila Pereira com os integrantes de sua chapa
Foto: Ricardo Magatti/Estadão / Estadão

Discurso, palmas e champagne

Leila oficializou sua chapa na presença de centenas de apoiadores, que bateram palmas efusivamente quando ela concluiu seu discurso. Maria Tereza Bellangero (primeira vice-presidente), Paulo Buosi, Everaldo Coelho e Márcio Martin compõem a chapa da candidata à reeleição. Os dois últimos vices são novidades na chapa e ocupam os lugares que eram de Neive Andrade e Tarso Gouveia.

Ela discursou para conselheiros e aliados à frente de uma apresentação de PowerPoint intitulada "Círculo Virtuoso", formado, segundo ela, por trabalho, valorização da marca, mais receitas, investimento, evolução e conquistas.

"Sou mulher objetiva e prática, sou executiva, gosto de executar, enquanto o candidato da oposição gosta de debater ideias", disse ela, alfinetando de novo seu único rival na eleição, Savério Orlandi.

"Óbvio que a última palavra é sempre minha, eu gosto de decidir, mas não sou autoritária. Se decido por algo que não é bom para o Palmeiras, eu volto atrás", admitiu ela, que reconheceu falhas em sua gestão, sem apontar quais. ""Cometi alguns erros, sim, no Palmeiras, mas consertei".

Ela encerrou sua fala e propôs um brinde com champagne com os apoiadores, que lhe aplaudiram.

Estadão
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