"Vamos jogar muito bem sem Valdivia", diz Marcelo Oliveira
Chileno foi anunciado nesta semana pelo Al Wahda, dos Emirados Árabes Unidos, e não deve mais vestir a camisa do Palmeiras
Nessa quinta-feira, pouco depois de o Al Wahda, dos Emirados Árabes Unidos, anunciar acordo com Valdivia, Rafael Marques previu tristeza no elenco com a saída do chileno. O Palmeiras ainda não se posicionou oficialmente sobre a situação do meia, que tem contrato até 17 de agosto, mas Marcelo Oliveira já faz discurso de que só quer atletas felizes, minimizando a ausência do camisa 10.
"O Valdivia é um jogador que pode ser muito importante no Palmeiras se estiver frequentemente jogando. Se não ficar, vamos valorizar os jogadores que estão aqui. Podemos e vamos jogar muito bem sem o Valdivia", definiu o treinador, contratado enquanto o chileno já estava à disposição de sua seleção para a Copa América.
Na negociação com o técnico, a diretoria já tinha avisado que era melhor não contar com Valdivia, que partiu para a Copa América admitindo que não voltaria ao clube. O Palmeiras só espera que o meia se reapresente na segunda semana de julho, logo depois da Copa América, até para acertar uma liberação antecipada, caso confirme-se seu acerto com o Al Wahda, sem nenhum lucro ao Palmeiras.
"Esse é um direito do clube e um dever do profissional (cumprir contrato). Esperamos conversar com ele e ver o seu sentimento, saber se pode haver negociação, porque o período é curto. É importante ter todos os jogadores do elenco felizes e prazerosos em estar aqui. A produção, assim, será melhor", indicou Marcelo Oliveira.
Embora não possa admitir publicamente, o técnico nunca contou com o chileno e busca em Robinho, Zé Roberto e Cleiton Xavier o seu armador titular. A diretoria também negocia com o Independiente para trazer o meia argentino Federico Mancuello, cogitando ceder os reservas Tobio e Cristaldo para baratear a transação - a multa rescisória de Mancuello, de 26 anos, é de cerca de R$ 15 milhões.
A saída de Valdivia é dada como certa porque o jogador sempre impôs dificuldades para renovar: não aceitou o modelo de produtividade (salário maior de acordo com a frequência) imposto pelo presidente Paulo Nobre, criticou publicamente Alexandre Mattos e não gostou da primeira oferta da diretoria (cerca de 25% do salário atual como valor fixo e aproximadamente metade do que ganha atualmente se atuar em todos os jogos do mês).
Após cumprir cinco anos de contrato, Valdivia sairia sem o Palmeiras receber nada. Apesar de ter arcado com R$ 30 milhões para tirá-lo do Al Ain, dos Emirados Árabes Unidos, em 2010, fora gastos com salários e ajuda cerca de R$ 6 milhões pagos pelo então conselheiro Osorio Furlan.