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Operação policial mira 6 palmeirenses da Mancha Alviverde e apreende objetos na sede da organizada

Ação acontece em São Paulo, Taboão da Serra e São José dos Campos, nesta sexta-feira, 1º

1 nov 2024 - 08h29
(atualizado às 08h42)
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Operação policial tem como objetivo a prisão de 6 integrantes da Mancha Alviverde, torcida organizada do Palmeiras
Operação policial tem como objetivo a prisão de 6 integrantes da Mancha Alviverde, torcida organizada do Palmeiras
Foto: Divulgação/SSP

A Polícia Civil e o Ministério Público (MP) realizam, nesta sexta-feira, 1º, uma operação com o objetivo de prender seis torcedores do Palmeiras, integrantes da torcida organizada Mancha Alviverde, procurados por fazerem uma emboscada que deixou 17 cruzeirenses da Máfia Azul feridos e um morto. O caso aconteceu no último domingo, 27, em Mairiporã, na Grande São Paulo.

Policiais e promotores foram até a sede principal da Mancha Alviverde na Barra Funda, Zona Oeste de São Paulo, para cumprir um mandado de busca e apreensão. Outros nove mandados serão cumpridos em imóveis ligados aos investigados em São Paulo, Taboão da Serra e São José dos Campos.

De acordo com a delegada que coordena a operação, Fernanda Herbella, "o objetivo é prender os alvos envolvidos no crime e coletar o maior número de provas que possam auxiliar na continuidade das investigações."

Nos endereços, os policiais tentaram localizar três veículos identificados na cena do crime, além de celulares, computadores, roupas e armas usadas no ataque ao ônibus dos torcedores do Cruzeiro, na Rodovia Fernão Dias.

Na quarta-feira, 30, a Justiça decretou a prisão temporária por 30 dias de Jorge Luiz Sampaio Santos, presidente da Mancha; Felipe Mattos dos Santos, o "Fezinho", vice-presidente da torcida, e Leandro Gomes dos Santos, o "Leandrinho", diretor da organizada.

Também tiveram prisões decretadas três palmeirenses da Mancha: Henrique Moreira Lelis, o “Ditão Mancha”; Aurélio Andrade de Lima e Neilo Ferreira e Silva, o "Lagartixa", professor de boxe e muai thai. Até o momento, nenhum dos investigados se entregou ou foi preso pelas autoridades.

A Polícia Civil e o Ministério Público (MP) apuram os crimes de homicídio, incêndio, associação criminosa, lesão corporal e tumulto com violência --este no âmbito da Lei Geral do Esporte.

Entenda o caso

De acordo com a investigação, os palmeirenses atacaram dois ônibus que transportavam torcedores do Cruzeiro, no domingo, 27. A ideia era se vingar de um ataque que haviam sofrido em 2022, em Minas Gerais.

Os responsáveis foram identificados em vídeos, e testemunhas e sobreviventes foram ouvidos pelas autoridades.

Seis palmeirenses são procurados: Jorge Santos; Felipe Santos; Leandro Santos; Henrique Lelis; Aurélio Lima e Neilo Silva
Seis palmeirenses são procurados: Jorge Santos; Felipe Santos; Leandro Santos; Henrique Lelis; Aurélio Lima e Neilo Silva
Foto: Montagem/Fotos de reprodução

A Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade) da polícia e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP apontaram o envolvimento de membros da cúpula da Mancha Alviverde no ataque aos cruzeirenses da Máfia Azul.

Quem tiver informações sobre o paradeiro dos investigados pode telefonar para o Disque-Denúncia pelo número 181. A denúncia pode ser feita de forma anônima.

Jorge Luiz Sampaio Santos, presidente da Mancha Alviverde
Jorge Luiz Sampaio Santos, presidente da Mancha Alviverde
Foto: Reprodução/Rede social

Dos 17 feridos, dois cruzeirenses feridos no ataque continuam internados em Mairiporã e em Franco da Rocha.

Nesta quarta-feira, 30, a Federação Paulista de Futebol (FPF) comunicou que irá acatar a decisão do MP e irá proibir a presença da Mancha Alviverde ou de torcedores com o uniforme da organizada e bandeiras nos estádios de futebol do estado de São Paulo.

O que diz a Mancha Alviverde

A torcida organizada do Palmeiras, Mancha Alviverde, se pronunciou em um post no perfil oficial do Instagram. Leia a seguir.

"A Mancha Alvi Verde vem sendo apontada injustamente, através de alguns meios de imprensa e redes sociais, de envolvimento em uma emboscada ocorrida na Rodovia Fernão Dias, próximo ao túnel de Mairiporã, na madrugada deste domingo (27). O incidente resultou tragicamente na morte de um torcedor do Cruzeiro e deixou outros feridos. Lamentamos profundamente mais esse triste acontecimento e manifestamos nossa solidariedade e demonstramos nosso consternamento aos familiares da vítima, repudiando com veemência tais atos de violência.

Queremos desde já deixar claro que a Mancha Alvi Verde não organizou, participou ou incentivou qualquer ação relacionada a esse incidente. Com mais de 45.000 associados, nossa torcida não pode ser responsabilizada por ações isoladas de cerca de 50 torcedores, que desrespeitam os princípios de respeito e paz que promovemos e defendemos.

A Mancha Alvi Verde repudia toda e qualquer forma de violência e reafirma seu comprometimento e compromisso com a segurança e a convivência pacífica entre torcedores. Estamos à disposição das autoridades para colaborar plenamente com as investigações, auxiliando na identificação e punição dos responsáveis por mais esse fatídico e lamentável episódio ocorrido na madrugada desse domingo.

Mancha Alvi Verde"

O que diz o Palmeiras

Ao Terra, o clube disse que repudia os atos violentos ocorridos, e que espera punição aos envolvidos.

"A Sociedade Esportiva Palmeiras repudia as cenas de violência protagonizadas na Rodovia Fernão Dias na manhã deste domingo. O futebol não pode servir como pano de fundo para brigas e mortes. Que os fatos sejam devidamente apurados pelas autoridades competentes, e os criminosos, punidos com rigor".

Máfia Azul

A Máfia Azul, organizada do Cruzeiro, se manifestou através de vários posts no Instagram, em seu perfil oficial. A torcida prestou solidariedade à família e manifestou pesar pelo torcedor que foi morto durante o ataque, e deu apoio aos que foram feridos e hospitalizados. A torcida também repudiou o ato de violência, e agradeceu ao apoio que tem recebido.

Fonte: Redação Terra
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