Opinião: Título consolida Abel Ferreira como maior técnico da história do Palmeiras
Elenco já pode ser considerado a 3ª Academia do clube; treinador chega a nove conquistas
O Palmeiras é campeão brasileiro de 2023. Muitos vão desmerecer a conquista por causa da derrapada do Botafogo na reta final. Porém, isso seria não reconhecer o grande trabalho de Abel Ferreira nos últimos três anos. Flamengo, Grêmio, Red Bull Bragantino e Atlético-MG, todos tiveram chances, mas nenhum teve a consistência da equipe palmeirense.
Desde a chegada do técnico português no Brasil em novembro de 2020, o Palmeiras já levantou nove títulos: Libertadores (2020 e 2021), Copa do Brasil (2020), Recopa Sul-Americana (2021), Campeonato Paulista (2022 e 2023), Supercopa do Brasil (2023), e Campeonato Brasileiro (2022 e 2023). Números que elevam o elenco ao status de 3ª geração da Academia do Verdão.
O atual grupo pode não ter o mesmo brilho do time que foi capaz de destronar o Santos de Pelé na década de 1960 ou o talento de Ademir da Guia que conduziu a equipe que ainda tinha Leivinha e César Maluco no ataque e Leão no gol nos anos 1970, mas a “cabeça fria e o coração quente” de Abel Ferreira já está para sempre na história.
A marca da atual geração é a resiliência, característica enaltecida até nas arquibancadas. Antes de conhecer “O Palmeiras é o time da virada, o Palmeiras é o time do amor, lê-lê-lê-lê-lê-lê-lê-lê-lê...”, Abel pediu uma música que ajudasse a equipe nos momentos difíceis. A resposta veio e virou praticamente um mantra: "Vamos pra cima, Porco! Hoje eu vim te apoiar, sair vencedor, lutem sem parar".
E lutar, essa equipe lutou. Ganhou jogos após estar com 3 a 0 contra, empatou duelos com jogador a menos fora de casa, e selou vitórias na última bola, indo para cima dos adversários no ritmo da torcida que canta e vibra. Tudo isso com um técnico que parece entender exatamente o sentimento de todo palmeirense.
Para os rivais, Abel é “chato” e “reclamão”. Para os torcedores do Palestra, ele “é palmeirense como a gente”, como diz a canção que exalta o técnico antes de todos os jogos do Palmeiras. Ele é, de longe, o nome mais ovacionado quando o clube entra em campo. O discurso de “contra tudo e contra todos” --que o técnico tanto enaltece--faz as arquibancadas se sentirem representados. Uma torcida que se sente perseguida desde que foi obrigada a trocar de nome na época da 2ª Guerra Mundial, agora tem um porta-voz que não mede palavras na busca de justiça no futebol.
Mesmo com contrato até o final da próxima temporada, a permanência de Abel Ferreira ainda não está garantida. Ele tem proposta do Al Sadd, do Catar, que desejar fazer do português o treinador mais bem pago do mundo, a frente de Pep Guardiola e Diego Simenone. A proposta é de R$ 3 milhões por mês.
O comandante do Palmeiras já confessou que “está de saco cheio”. No entanto, também disse que não é “ingrato”. Antes da passagem pelo clube paulista, Abel jamais tinha levantado um troféu como técnico. Com os nove títulos, só Osvaldo Brandão venceu mais no Alviverde --10 taças entre as décadas de 1940 e 1970. Se ficar, Abel poderá igualá-lo já no começo do ano. O Palmeiras enfrenta o São Paulo no dia 3 de fevereiro pela Supercopa do Brasil.
O Palmeiras é campeão brasileiro de 2023. Muitos vão desmerecer a conquista por causa da derrapada do Botafogo na reta final. Porém, isso seria não reconhecer o grande trabalho de Abel Ferreira nos últimos três anos. Flamengo, Grêmio, Red Bull Bragantino e Atlético-MG, todos tiveram chances, mas nenhum teve a consistência da equipe palmeirense.
Desde a chegada do técnico português no Brasil em novembro de 2020, o Palmeiras já levantou nove títulos: Libertadores (2020 e 2021), Copa do Brasil (2020), Recopa Sul-Americana (2021), Campeonato Paulista (2022 e 2023), Supercopa do Brasil (2023), e Campeonato Brasileiro (2022 e 2023). Números que elevam o elenco ao status de 3ª geração da Academia do Verdão.
O atual grupo pode não ter o mesmo brilho do time que foi capaz de destronar o Santos de Pelé na década de 1960 ou o talento de Ademir da Guia que conduziu a equipe que ainda tinha Leivinha e César Maluco no ataque e Leão no gol nos anos 1970, mas a “cabeça fria e o coração quente” de Abel Ferreira já está para sempre na história.
A marca da atual geração é a resiliência, característica enaltecida até nas arquibancadas. Antes de conhecer “O Palmeiras é o time da virada, o Palmeiras é o time do amor, lê-lê-lê-lê-lê-lê-lê-lê-lê...”, Abel pediu uma música que ajudasse a equipe nos momentos difíceis. A resposta veio e virou praticamente um mantra: "Vamos pra cima, Porco! Hoje eu vim te apoiar, sair vencedor, lutem sem parar".
E lutar, essa equipe lutou. Ganhou jogos após estar com 3 a 0 contra, empatou duelos com jogador a menos fora de casa, e selou vitórias na última bola, indo para cima dos adversários no ritmo da torcida que canta e vibra. Tudo isso com um técnico que parece entender exatamente o sentimento de todo palmeirense.
Para os rivais, Abel é “chato” e “reclamão”. Para os torcedores do Palestra, ele “é palmeirense como a gente”, como diz a canção que exalta o técnico antes de todos os jogos do Palmeiras. Ele é, de longe, o nome mais ovacionado quando o clube entra em campo. O discurso de “contra tudo e contra todos” --que o técnico tanto enaltece--faz as arquibancadas se sentirem representados. Uma torcida que se sente perseguida desde que foi obrigada a trocar de nome na época da 2ª Guerra Mundial, agora tem um porta-voz que não mede palavras na busca de justiça no futebol.
Mesmo com contrato até o final da próxima temporada, a permanência de Abel Ferreira ainda não está garantida. Ele tem proposta do Al Sadd, do Catar, que desejar fazer do português o treinador mais bem pago do mundo, a frente de Pep Guardiola e Diego Simenone. A proposta é de R$ 3 milhões por mês.
O comandante do Palmeiras já confessou que “está de saco cheio”. No entanto, também disse que não é “ingrato”. Antes da passagem pelo clube paulista, Abel jamais tinha levantado um troféu como técnico. Com os nove títulos, só Osvaldo Brandão venceu mais no Alviverde --10 taças entre as décadas de 1940 e 1970. Se ficar, Abel poderá igualá-lo já no começo do ano. O Palmeiras enfrenta o São Paulo no dia 3 de fevereiro pela Supercopa do Brasil.