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Organizada se cala em protesto; torcedores vaiam Valdivia

9 mai 2015 - 20h50
(atualizado às 21h28)
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A estreia do Palmeiras no Campeonato Brasileiro, em jogo contra o Atlético-MG, neste sábado, teve ato ecumênico, com padre, pastor  e pedido de casamento feito por um sócio-torcedor no meio do campo no intervalo. Mas o ambiente esteve longe de ser pacífico. A principal organizada do clube, optou por não cantar em protesto aos preços dos ingressos, enquanto quem não se calou acabou vaiando Valdivia.

Torcida palmeirense ficou totalmente dividida no Allianz Parque
Torcida palmeirense ficou totalmente dividida no Allianz Parque
Foto: Carla Carniel / FramePhoto

A organizada, que costuma criticar Valdivia, preferiu se dirigir ao presidente Paulo Nobre, mas sem abrir a boca. A organizada vem usando redes sociais e faixas para mostrar sua indignação contra o preço dos ingressos e o aumento na mensalidade para sócios-torcedores. A atitude neste sábado foi ficar completamente calada durante o jogo inteiro.

Os outros torcedores não perdoaram a organizada. Assim que Jô fez gol aos 40min do segundo tempo, os setores que não tinham ninguém da uniformizada dirigiram-se à área chamada de Gol Norte para gritar "Ei, Mancha, vai tomar no c...". Logo depois, entoaram o hino palmeirense. Os xingamentos e vibração aumentaram após Rafael Marques evitar a derrota.

Também não houve perdão a Valdivia. O chileno tem contrato até agosto, fez apenas seu sexto jogo no ano neste sábado, desfalcou o time na primeira final do Paulista por dor no joelho esquerda e deve ser liberado nas próximas semanas para defender seu país na Copa América. A torcida não perdoou mais uma atuação apática do jogador mais caro do elenco e o vaiou intensamente ao ser substituído, aos 14min do segundo tempo.

Pela primeira vez, o camisa 10 foi titular em dois jogos seguidos na temporada, e pouco contribuiu. Fez três finalizações defendidas pelo goleiro Victor, único titular do Atlético-MG nesta noite, ainda no primeiro tempo, sem contribuir em nada em uma noite quase sem inspiração da equipe.

Valdivia não aceita o modelo de produtividade (salário maior de acordo com a frequência), já criticou publicamente o diretor de futebol Alexandre Mattos e não gostou da primeira oferta do clube (cerca de 25% do salário atual como valor fixo e aproximadamente metade do ganha atualmente se atuar em todos os jogos do mês). Agora, sem o apoio da torcida, fica mais provável o chileno deixar de ser o jogador mais caro do elenco ao fim de seu contrato, em agosto.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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