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Feliz ano velho? Palmeiras sofre e vê Dudu sentir momento
O torcedor palmeirense foi ao Allianz Parque na noite do último sábado ciente de que o time que entrava em campo pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro de 2015 quase nada tinha a ver com o que terminou de forma melancólica e quase rebaixado no mesmo estádio na última rodada do torneio de 2014. No papel, 21 reforços foram contratados e a equipe toda remodelada. No entanto, em campo a situação foi outra: o time que jogou mostrou um “mais do mesmo” do que a torcida não gostou de ver na temporada anterior. Mas calma, palmeirense! O potencial do time atual é maior e o elenco pode ir longe.
As dificuldades encontradas pela equipe no empate por 2 a 2 com o Atlético-MG alcançado apenas no último minuto graças a gol de Rafael Marques foram várias. Para Oswaldo de Oliveira, todos os problemas foram culpa dos cinco desfalques que o time tinha para o duelo . No entanto, a afirmação não basta para explicar o fraco desempenho, e o técnico sabe disso.
No Allianz Parque, os jogadores palmeirense não interromperam o jejum sem vitórias da equipe no estádio pelo Campeonato Brasileiro – já são três, contando também os duelos contra Sport e Atlético-PR em 2014. Há pressão por jogar em casa? Sim, há. Apesar dos jogadores serem outros, isto não mudou. O técnico alviverde acredita que é preciso simplesmente aprender a lidar com isso.
“Não achei exagerada (a pressão por jogar em casa). Qualquer time jogando em casa sente quando está com placar desfavorável. Isso só não acontece na Europa, lá o time está perdendo e os caras aplaudindo, é legal pra caramba. Aqui é sempre assim, temos que nos habituar a isso”, afirmou.
Parte da irritação da torcida palmeirense, que ainda viu as organizadas ficarem em silêncio e sentadas durante todo o jogo em protesto contra o preço dos ingressos , é pela falta de domínio do time alviverde ao longo do jogo, mesmo enfrentando apenas reservas do Atlético-MG. Um déja vu trágico ainda passou pela cabeça da torcida: Fernando Prass foi o melhor em campo no duelo, com defesas decisivas que impediram a derrota. Lembrou um certo 2014?
Além do goleiro, apenas Valdivia entre os titulares que começaram no último sábado também estava em campo no duelo do ano passado pela última rodada, contra o Atlético-PR. O meio-campo palmeirense, por sinal, demorou a prevalecer mesmo com as trocas entre Zé Roberto e Robinho. Oswaldo de Oliveira quer calma com a fase da equipe, vice-campeã paulista, e crava: a tendência é crescer ao longo da competição.
“Nós vamos jogar 38 jogos, agora 37, em sete meses e meio. Muita coisa vai mudar. As coisas vão evoluir. O Palmeiras vai crescer dentro da competição. Hoje tivemos vários jogadores que ainda não tinham começado os jogos. Acho que a evolução vai por esse caminho também”, avisou o técnico.
Pelo menos algo de bom o torcedor que foi ao Allianz Parque pode tirar do time: a entrega da equipe. Nos momentos em que dominou o jogo, principalmente na metade do segundo tempo, o Palmeiras conseguiu pressionar o Atlético-MG de maneira eficiente. Tanto que foi buscar o empate por duas vezes. Com jogadores mais talentosos no elenco do que no ano anterior, a tendência é que momentos assim rendam mais aos palmeirenses.
Dudu sentiu a pressão?
Uma das notas baixas da partida foi Dudu. Principal contratação do ano e responsável por um “chapéu” nas negociações com Corinthians e São Paulo, o atacante pouco participou do jogo e errou tudo quando a bola caiu no seu pé. O rápido e habilidoso jogador deixou o campo no segundo tempo para a entrada de Kelvin, autor do passe do gol de empate no último minuto, com um misto de vaias e aplausos.
A situação com Dudu é complicada: o atacante mostrou abatimento, segundo pessoas do próprio Palmeieras, com o que ocorreu no último domingo, na final do Campeonato Paulista contra o Santos. Na ocasião, o jogador foi expulso, empurrou o árbitro e deixou o gramado chorando. O caso pode ganhar proporção maior nesta semana, quando o jogador enfrentará julgamento com risco de ser suspenso por longo período pela agressão ao árbitro. Para Oswaldo, é hora de dar apoio ao atleta.
“O Dudu é muito jovem, acho que ele sentiu sim a situação que vem acontecendo. Mas isso é soma de experiência, ele é muito talentoso e vai conseguir superar tudo isso. É uma situação difícil para o Dudu, vários jogadores passaram e conseguiram superar. Nós vamos fazer de tudo para ajudá-lo a passar por isso”, explicou o comandante.
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