Os 5 motivos para a eliminação do Palmeiras na Libertadores
Equipe alviverde apresentou falhas em setores que o time se destaca e erros custaram caro
O Palmeiras deixou a fase de grupos da Libertadores como o time de melhor campanha e favorito ao título da competição continental. Passou por grandes clubes até que encontrou o Boca Juniors e não soube lidar com a experiência e catimba do time argentino, que venceu em casa por 2 a 0 e depois segurou o empate em 2 a 2 no Allianz Parque. Assim, o time de Luiz Felipe Scolari vê, mais uma vez, o sonho do bicampeonato continental chegar ao fim.
O "Estado" destacou cinco pontos que ajudam a explicar os motivos da eliminação. Os problemas vão desde quantidade de jogadores até a parte psicológica, que talvez tenha faltado em momentos determinantes.
Elenco enxuto
Já virou rotina ouvir de torcedores e até jornalistas que o Palmeiras é o clube que mais contrata, que tem dois ou três times, dentre outras teorias, mas o fato é que o ritmo intenso da equipe em campo fez com que faltasse pernas para alguns atletas, que tem atuado com maior frequência. O Palmeiras tem 28 jogadores em condição de jogo e ao conciliar competições, viu alguns deles ficarem muito cansados nesta reta final. O atleta com mais atuações na temporada, Willian, deixou machucado a semifinal com o Boca.
Que saudades do Keno...
O fato é que desde a venda de Keno ao futebol do Egito, a equipe carece de um jogador veloz e driblador pelas pontas. Jogador desse estilo fez falta na semifinal. No elenco, quem mais se aproxima dessa característica é Dudu, mas o esquema tático adotado por Felipão fez com que ele atuasse em outra parte do gramado e tivesse funções distintas.
Abalo psicológico
Dois gols em quatro minutos na Bombonera derubaram a campanha do time. Após cinco vitórias como visitante, o vacilo na semifinal custou caro e o time não conseguiu reverter a situação. Tanto em La Bombonera como no Allianz Parque, alguns jogadores claramente se mostraram abalados e nervosos de forma exagerada.
Artilheiro apagado
Borja tinha a chance de se tornar artilheiro da Libertadores, é o artilheiro do time no ano, mas o colombiano teve atuação apagada na semifinal. No primeiro duelo, não conseguiu sair da boa marcação do Boca e na partida de volta, entrou no decorrer do jogo e não levou perigo aos argentinos. Aliás, o ataque alviverde não foi bem contra o Boca. Tanto que os dois gols marcados foram de zagueiros (Luan) e Gustavo Gómez.
Defesa que ninguém passa falhou
Os zagueiros Luan e Gómez estão invictos no Brasileiro e ganharam chance na Libertadores justo na semifinal, quando tiraram Antonio Carlos e Edu Dracena. Falhas na marcação permitiram a Benedetto e Ábila marcarem os gols decisivos e frustrarem a sequência invicta da dupla. Teve, no todo, teve muitas dificuldades para conseguir lidar com um centroavante fixo dentro da área.
Ouça o podcast Terra Futebol: