O dia em que o Ferroviário foi o Timão
Na raça e na bola, o time fundado por operários ferroviários envolveu o Corinthians e merecia a classificação
O Corinthians jogava em casa, apesar de o mando ser do time de Fortaleza. Só que a falta de grana e a insensatez dos dirigentes cearenses levaram o jogo para Londrina, no estádio do Café, que ficou lotado de corintianos.
A Fiel estava crente que a goleada era questão de tempo, mas os jogadores do Ferroviário não deram bola pra isso e honraram a tradição de um time formado por operários na década de 30. Atacaram como se estivessem no Castelão, saíram na frente com o insinuante centroavante Edson Cariús e só não foram para o vestiário em vantagem, porque o goleirão Gleibson falhou feio e soltou a bola nos pés de Gustagol.
Mas o Tubarão não se abateu, engoliu o chamado Timão e ficou na frente outra vez com o arretado Edson Cariús. Só que dois minutos depois, em uma bobeada defensiva, Gustagol deixou tudo igual novamente.
O Ferroviário lutou, insistiu, dividiu, criou, correu e não deu bola para os famosos corintianos, que tentavam tocar a bola para segurar o empate. Só que o time parou em Cássio e na falta de pontaria nos momentos decisivos.
Apesar da desclassificação, voltam pra casa com a sensação de missão cumprida. E os poucos torcedores do Ferroviário que foram ao estádio do Café saíram comentando: “esse cabra Gustagol cairia como uma luva no nosso time.”
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