/images.terra.com/2015/05/26/paysandu.png "Logo do Paysandu")
Macaé segura pressão do Paysandu e é campeão da Série C
Emoção. Sofrimento. Estádio lotado. Campeão histórico. A decisão da Série C do Campeonato Brasileiro não poderia ter contado com contornos tão complexos, que talvez nem um grande roteirista de Hollywood teria escrito. Após ficar três vezes atrás no placar, o Macaé-RJ foi valente, buscou o empate por 3 a 3 e, pelos gols marcados longe de casa, calou o Mangueirão e levou o primeiro título nacional de sua história. O duelo de ida havia terminado 1 a 1 no Rio de Janeiro.
O time fluminense não teve que lutar apenas dentro de campo, mas também com o lado psicológico. Antes da partida, um contratempo atrasou o início do jogo. O Macaé teve problemas para chegar ao Mangueirão por conta do trânsito no entorno do estádio. A equipe carioca reclamou que a Polícia Militar não compareceu ao hotel para acompanhar o deslocamento do ônibus, como teria sido acordado anteriormente.
Já o Paysandu perdeu a chance de conquistar o título brasileiro no ano do centenário. Durante toda a temporada, os atletas do clube usaram camisas com números de 100 para cima. O Macaé se junta a Olaria, Americano e Fluminense - cariocas campeões da terceira divisão do Brasileiro.
O JOGO
Incendiado pela pressão da torcida - que lotou o estádio - o Paysandu partiu para cima e, para delírio dos 38 mil pagantes, abriu o placar aos 16min. Airton cruzou com perfeição para Zé Antônio, que antecipou a marcação e subiu sozinho para, de cabeça, colocar o time da casa na frente.
A partida continuou corrida, mas a grande resposta dos cariocas veio aos 34min. Em falta da entrada da área, Diego Corrêa cobrou com perfeição e a bola explodiu no travessão do goleiro Paulo Rafael. Valente, a equipe da Região dos Lagos no Rio seguiu pressionando e conseguiu o empate. João Carlos testou firme após cruzamento de escanteio, sem chances para o goleiro.
A segunda etapa começou com a mesma velocidade de todo o primeiro tempo, assim como o ambiente do Mangueirão. O público não parou de cantar e, logo aos 7min, o clube bicolor voltou à frente. Ruan recebeu na entrada da área e bateu forte, no canto, sem chances para o goleiro Milton Raphael.
Mas a equipe fluminense lutou muito e não se entregou em momento algum. Com um lado psicológico muito aguçado, empatou pela segunda vez aos 14min. Em mais um cruzamento, desta vez rasteiro, João Carlos desviou por cima do goleiro, que só olhou a bola tocar de leve no travessão e balançar a rede.
Mas a emoção dos torcedores paraenses e fluminenses parecia não dar espaço à tranquilidade. E para colocar ainda mais sofrimento nas arquibancadas, o Paysandu marcou o terceiro. Yago Pikachu recuperou a bola na linha de fundo, entrou na área e tocou para Rômulo. O atacante, de letra, fez explodir o estádio pela terceira vez no dia.
Mas quem disse que o Macaé suportou ficar atrás? Aos 31min, Diego Corrêa tabelou com João Carlos, entrou na área e bateu muito forte. A bola passou pelo meio das pernas do goleiro e colocou o título nas mãos da equipe do sudeste mais uma vez.
Gazeta Esportiva
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