Pedro Scooby fará cirurgia com células-tronco para tratar lesão no joelho; entenda
Ex-BBB rompeu parte dos ligamentos e precisará ficar um mês distante do surfe para realizar tratamento regenerativo
O surfista Pedro Scooby, de 33 anos, avisou aos fãs que ficará um mês afastado do mar para fazer um tratamento com células-tronco após romper, parcialmente, os ligamentos do joelho enquanto praticava o esporte.
"Como pode a coisa que você mais ama te machucar? Mas é isso, ontem machuquei o ligamento do meu joelho surfando essa onda incrível que é Jaconé. O surf de ondas grandes é um esporte perigoso que exige atenção a todo momento. E calma, muita calma! Enfim… já já o joelho tá novo e eu de volta", publicou Scooby em seu perfil no Instagram.
Mais tarde, nos stories, o surfista disse que se trata de uma lesão simples, e sua temporada no campeonato mundial de ondas gigantes não está comprometida. A próxima etapa está prevista para começar em novembro, em Nazaré (Portugal). Scooby deve precisar de apenas um mês para se recuperar.
Procedimento com células-tronco
Inovador, o tratamento ainda está em fase de estudos no Brasil e por causa disso o ex-BBB viajará aos Estados Unidos para fazer o procedimento. Quem explica melhor é o hematologista do Hospital das Clínicas Nelson Tatsui, que também atua como diretor-técnico do Grupo Criogênesis.
"No Brasil, está na fase três dos estudos. Para fazer uso de células-tronco aqui, é preciso autorização de autoridades para pesquisa em seres humanos", explica.
Casos excepcionais, que envolvam risco de morte do paciente, podem ser avaliados com maior celeridade. O caso de Scooby parece ser mais simples.
As células-tronco possuem a função de regenerar de forma constante os tecidos que formam nosso organismo. Esses procedimentos utilizam células-tronco mesenquimais, capazes de produzir qualquer tipo celular necessário em um processo de reparação, como ossos, cartilagens e músculos, por exemplo.
"Nos EUA, tem tanto o protocolo autólogo [células do mesmo paciente] quanto, de uma forma mais imediata, usar células-tronco alogênicos, de outra pessoa", completa.
Tatsui alerta, também, que o risco de rejeição existe, mas essa célula-tronco usada não precisa ser totalmente compatível com o organismo. Entre os benefícios desse método alternativo da medicina regenerativa estão ainda menos dor, recuperação mais rápida e mais chances de que o trauma nunca mais ocorra naquele local tratado.
"Em média, esse tratamento reduz o tempo de recuperação de 30% a 40%", detalha. "Mais que redução de tempo, é não lesar novamente [a área]. O uso da célula-tronco faz a formação de um tecido com qualidade melhor, porque o maior medo do esportista é causar novamente a lesão, pela fragilidade do local", defende Tatsui.
*Com edição de Estela Marques.