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Processo contra Cuca na Suíça confirma que sêmen do treinador foi encontrado na vítima, diz TV

Diretora do arquivo de Berna mostra página do processo com nomes dos réus

28 abr 2023 - 22h18
(atualizado em 29/4/2023 às 00h10)
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O processo judicial envolvendo Cuca na Suíça confirma a presença de sêmen do treinador no corpo da jovem, de 13 anos, vítima de um crime sexual, em 1987. É o que afirma a diretora dos Arquivos do Estado do Cantão de Berna (onde o documento está guardado), Barbara Studer, em entrevista ao "Jornal Nacional", da "Rede Globo". A reportagem também teve acesso à página 915 do processo, que contém 1.023. Nela tem o início da sentença.

Cuca deixou o comando do Corinthians após grande pressão da torcida (Foto: Rodrigo Coca / Agência Corinthians)
Cuca deixou o comando do Corinthians após grande pressão da torcida (Foto: Rodrigo Coca / Agência Corinthians)
Foto: Lance!

O caso é tratado como segredo de Justiça no país europeu por 110 anos. No entanto, a arquivista Barbara Studer compartilhou informações que já são publicas e a página que confirma os nomes dos jogadores do Grêmio envolvidos com o crime na época: Alexi Stival (Cuca), Eduardo Hamester, Fernando Castoldi e Henrique Etges.

O documento também cita que os jogadores foram condenados pelos crimes de ato sexual com menor e coação. O único atleta que não foi enquadrado nos dois delitos foi Fernando, responsável apenas pelo crime de coação da vítima. O nome da menina segue sendo preservado junto as cinco testemunhas do processo.

Studer também divulgou que as informações divulgadas pelo jornal suíço "Der Bund", na época, são verdadeiras. O veículo foi o primeiro a apontar a presença de material genético do treinador no corpo da vítima. As informações refutam a atual versão de Cuca sobre os fatos.

Versão do treinador

O ex-treinador do Corinthians declara que não teve relações com a jovem no dia. Além disso, Cuca também declara que não foi reconhecido pela menina como um dos abusadores na delegacia. Depoimentos que contradizem as informações do processo confirmadas por Barbara Studer.

- A defesa de Cuca reputa ser lamentável o irresponsável linchamento por situações ocorridas há 34 anos e contrária à realidade dos fatos. Reafirme-se que Cuca não manteve qualquer relação ou contato físico com a vítima, que, aliás, não o reconheceu, conforme confirmado por diversas reportagens daquela época. Distorções e especulações serão responsabilizadas cível e penalmente, ainda mais por se tratar de processo sigiloso, evidenciando a precariedade e inconsistência de qualquer pretensa informação fornecida por terceiros - diz a nota da defesa de Cuca enviada ao "ge".

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