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Promotora da Espanha pede novo julgamento do ex-dirigente de futebol Rubiales por beijo em atleta

6 mar 2025 - 11h29
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Uma promotora espanhola pediu um novo julgamento após a sentença da Alta Corte que condenou o ex-presidente da federação de futebol do país Luis Rubiales por beijar a jogadora da seleção nacional Jenni Hermoso sem o consentimento dela, informou o gabinete da promotoria nesta quinta-feira.

No mês passado, o tribunal considerou Rubiales culpado de agressão sexual e o multou em mais de 10.000 euros em um caso que provocou furor em todo o país.

A decisão também o absolveu e a três outros réus de uma acusação de coerção. A promotoria havia pedido 2 anos e meio de prisão para o ex-dirigente da federação de futebol.

No recurso visto pela Reuters, a promotora Marta Durantez solicitou que o julgamento seja repetido, argumentando que as provas e muitas de suas perguntas não foram admitidas.

Ela disse que a decisão gerou "uma indefensabilidade material constitucionalmente relevante, que afeta o direito à proteção judicial efetiva" e pediu que um juiz diferente julgue novamente o caso.

"A conduta do juiz durante a audiência comprometeu, em nossa opinião, no mínimo a aparência de imparcialidade", escreveu ela.

Considerando que o juiz decidiu que houve agressão sexual, Rubiales deveria ter sido condenado a um ano de prisão, acrescentou Durantez -- a pena que ela havia solicitado para essa acusação.

Ela também disse que a multa e a indenização adicional de 3.000 euros concedida a Hermoso foram muito baixas.

"Essa multa, levando em conta as circunstâncias do caso, é ofensiva para a vítima e para as vítimas de agressão sexual. Sem dúvida, é um mau precedente", disse Durantez.

Rubiales e Hermoso disseram que vão recorrer da decisão.

O beijo na cerimônia de premiação da Copa do Mundo de 2023, em Sydney, gerou um debate acalorado na Espanha sobre o sexismo no futebol feminino e na sociedade espanhola em geral, provocando um movimento semelhante à campanha "Me Too" nas redes sociais.

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