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Quem é Carlos Alcaraz, novo fenômeno do tênis que é tido como sucessor de Rafael Nadal

Prodígio espanhol conquistou no final de semana, em Madrid, o segundo Masters 1000 da carreira e assumiu o 6º lugar do ranking da ATP aos 19 anos

9 mai 2022 - 08h06
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Ele é espanhol, se defende como um muro, contra-ataca na velocidade da luz, é vibrante dentro de quadra e com um carisma reconhecível. À primeira vista, essa descrição serviria para destacar um perfil de Rafael Nadal. Mas ela pertence a Carlos Alcaraz, o nome da moda do tênis.

Carlos Alcaraz venceu o Masters 1000 de Madrid após bater Alexander Zverev na final (Foto: OSCAR DEL POZO / AFP)
Carlos Alcaraz venceu o Masters 1000 de Madrid após bater Alexander Zverev na final (Foto: OSCAR DEL POZO / AFP)
Foto: Lance!

Aos 19 anos, completados na última quarta-feira, o prodígio de Múrcia escreveu mais um belo capítulo de sua curta carreira no final de semana, faturando o Masters 1000 de Madrid após derrotar Alexander Zverev, número 3 do mundo, na final e fechar um torneio onde deixou para trás Nadal, nas quartas de final, e Novak Djokovic, na semifinal, façanha então sem precedentes na história das competições no saibro.

A relação com o tênis vem de casa. Afinal de contas, seu pai, Carlos, foi um ex-jogador júnior que, na vida adulta, virou diretor de um clube de tênis em El Palmar, cidade natal de Alcaraz. Hoje, ele é treinado pelo ex-número 1 do mundo Juan Carlos Ferrero, campeão de Roland Garros em 2003, que ficou "encantado" quando viu o pupilo jogar pela primeira vez em um torneio de base. "Ali, eu percebi todo seu potencial, todo seu nível", disse Ferrero.

A inevitável semelhança com Rafa vai além do estilo de jogo. De acordo com dados estatísticos da Hawkeye, a velocidade média do forehand de Alcaraz foi de 125 km por hora, três km por hora mais rápida do que a média masculina do US Open de 2021. No backhand, a velocidade foi 5 mph mais rápida do que a média.

A explosão precoce de Alcaraz já o faz estabelecer recordes importantes no circuito. Só em 2022, Carlitos, como gosta de ser chamado, se tornou o mais jovem da história a ser cabeça de chave de um Grand Slam, quando era 32º no ranking da ATP no Australia Open, em janeiro.

Em fevereiro, ao vencer o Rio Open, sagrou-se o mais novo de todos os tempos a conquistar um torneio da categoria. Em março, tornou-se o terceiro mais jovem a vencer um Masters 1000, faturando o título em Miami, na quadra dura. Com o prêmio em Madrid, saltou para a 6ª posição do ranking.

- Tento não dar importância. Tento tirar essa mochila carregada de pressão que me colocam. Sempre digo que quero crescer por fazer as coisas bem. Nós (Alcaraz e Nadal) já nos encontramos, pergunto coisas a ele, temos boa relação. E é bom ter uma relação com seu ídolo - respondeu, em entrevista ao Globo em fevereiro, sobre as comparações com Nadal.

Com cinco títulos na carreira, Alcaraz mira o topo do ranking da ATP. Após a final de domingo, Zverev não hesitou em afirmar que o espanhol já é o melhor do mundo. Carlitos evita os rótulos e diz que ainda falta muito caminho.

Nas casas de apostas, o momento de ouro de Alcaraz o coloca como segundo favorito a vencer Roland Garros. Só Nadal, 13 vezes campeão do major de Paris, aparece na frente. Diante de uma trajetória já cheia de feitos, embora prematura, como não acreditar que a história possa ser escrita nas quadras de Philippe Chatrier?

- Agora tenho que descansar, me recuperar das dores no tornozelo e estar 100% para Paris. Tenho que melhorar tudo. Olha o Nadal, o Djokovic e o Federer: todos eles buscam melhorar sempre. É isso eu quero.

Lance!
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