Rafael Silva chega confiante na terceira medalha olímpica
Sainte-Geneviève-des-Bois - Medalhista de bronze em Londres-2012 e na Rio-2016, Rafael Silva está disposto a conquistar sua terceira medalha olímpica em Paris-2024. Um dia depois de desembarcar em solo francês, ele realizou seu primeiro treino na aclimatação de Sainte-Geneviève-des-Bois, nesta terça-feira (24), e falou sobre suas projeções para os Jogos Olímpicos e a possibilidade de lutar contra a lenda Teddy Riner.
"Estou me sentindo bem. Consegui fazer uma boa preparação no Brasil e finalmente começar essa aclimatação assim foi muito bom para a minha ansiedade. Estou feliz de estar aqui. Jogos é sempre uma competição muito diferente das outras e poder experimentar isso mais uma vez é um sentimento de muita gratidão e estou com muita vontade de conseguir lutar bem lá", disse ele ao Olimpíada Todo Dia.
"Espero chegar nas medalhas. Competir por equipes mais uma vez com o Brasil também acho que vai ser uma experiência muito boa. A gente está com um time forte, temos chances", projetou Baby, que competirá na disputa individual em 2 de agosto e, um dia depois, estará presenta na competição por equipes mistas, na qual o Brasil buscará uma medalha inédita.
Período em Sainte-Geneviève-des-Bois
Assim como todos os outros 12 atletas da seleção brasileira, Baby permanecerá em Sainte-Geneviève-des-Bois até dois dias antes de sua competição. A pacata cidade, que vive o clima olímpico e "pintada de verde e amarelo" por receber a equipe brasileira de judô, conta com pouco mais de 35 mil habitantes e está localizada a 24km da capital francesa.
Após o treino inicial, ele falou sobre suas primeiras impressões da comuna, já conhecida pelo atleta de outras bases. "Está muito calor aqui, ainda estou um pouco cansado da viagem. Mas é uma cidade que recebe a gente muito bem e com certeza vamos conseguir descansar e focar muito bem, um lugar silencioso e tranquilo, para poder embarcar somente dois dias antes para a Vila para poder lutar bem".
Derrotar Riner?
Rafael Silva vai disputar sua quarta edição olímpica em Paris-2024. Depois de medalhas nas duas primeiras oportunidades, em Londres-2012 e na Rio-2016, ele caiu nas quartas de final em Tóquio-2020 e perdeu na repescagem para o francês Teddy Riner, que na época tinha três medalhas olímpicas (conquistou mais duas depois) e hoje tem dez títulos mundiais individuais.
Baby quer uma revanche contra Riner, que é uma das maiores lendas da história do judô e vai competir em casa. O brasileiro, que é dono de quatro medalhas em Mundiais (incluindo um bronze em 2023), acredita que esta será a última oportunidade para derrotá-lo e fazer história. Afinal, também será sua última aparição no maior evento esportivo do planeta.
"Paris é um grande lugar para o judô, e fazer minha última Olimpíada aqui me deixa bastante feliz. Teddy Riner é um adversário de muitos anos, de longa data, e se tiver um momento para ganhar dele tem que ser agora. É um adversário que faz com que todos os outros da categoria trabalhem mais e treinem mais duro para ganhar dele. Esse foi o trabalho que eu fiz", falou Baby, ao Comitê Olímpico do Brasil (COB).
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