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Relações sexuais podem ter provocado doping, diz Rússia

23 jan 2017 - 19h23
(atualizado em 24/1/2017 às 07h33)
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Um dos maiores escândalos de doping da história do esporte pode se resumir a relações sexuais. Isso é o que afirmou o ex-ministro do esporte e atual vice-primeiro ministro da Rússia, Vitaly Mutko, quando perguntado sobre o caso responsável por tirar o atletismo russo das Olimpíadas do Rio de Janeiro em 2016.

"Não sei se vocês sabem, mas se há uma relação sexual cinco dias antes de um controle antidoping, ainda pode se encontrar DNA masculino", declarou o político, entrevistado em um evento da Eurocopa 2020.

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Foto: iStock

Para corroborar a sua tese, Mutko relembrou o caso de Richard Gasquet. O tenista francês foi identificado com cocaína no sangue, mas foi absolvido por alegar que só continha a droga no sangue por ter beijado uma mulher que ingeriu.

"Um rapaz pode beijar uma moça e ela ter usado drogas. Atletas de outros países são perdoados, mas não os nossos", ironizou o ministro.

A Rússia está envolvida em um grande escândalo de doping, depois de aparecer em um relatório encomendado pela Agência Nacional Antidoping (WADA), que mostra como diversos atletas do país fizeram para maquiar os testes. Em uma das edições do Relatório McLaren, que carrega o nome do advogado responsável pelas investigações, o governo russo foi apontado como participativo nos esquemas.

Mutko, então ministro do esporte quando estourou o escândalo, disparou contra o Relatório e foi contundente a negar a participação do governo da Rússia: "Não há um programa estatal de doping na Rússia e nunca haverá. O relatório não foi confirmado. Basicamente é baseado na palavra de um homem, que de repente se tornou uma testemunha respeitável. De fato ela não é. É um testemunha falsa e manipuladora".

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