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Renan Calheiros faz apelo a Neymar para evitar Copa América

Senador afirmou que o torneio será um "campeonato da morte"

1 jun 2021 - 12h26
(atualizado às 13h10)
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O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, senador Renan Calheiros (MDB-AL), apelou ao atacante Neymar, do Paris Saint-Germain, para que a próxima edição da Copa América não seja disputada no Brasil.

    A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) anunciou nesta segunda-feira (31) que o megaevento esportivo será realizado no Brasil, já que a Argentina desistiu de sediar a Copa América em função do agravamento da pandemia de Covid-19 no país.

    "Já que não podemos fazer um apelo ao presidente da República, ao ministro da Saúde e à CBF, que tem se transformado em negacionista e até irresponsável por querer patrocinar esse evento, eu quero me dirigir à seleção brasileira, aos seus jogadores e treinador. Neymar, não concorde com a realização dessa Copa América no Brasil! Não é esse o campeonato que precisamos disputar agora, nós precisamos disputar o campeonato da vacinação. É esse o campeonato que nós precisamos disputar, ganhar e você precisa marcar gols para que esse placar seja alterado", disse Calheiros.

    Em suas redes sociais, o senador escreveu que a realização da 47ª edição da Copa América no Brasil será um "campeonato da morte". Além disso, Calheiros ainda destacou que as ofertas de vacinas anti-Covid "mofaram em gavetas".

    Inicialmente, a Copa América seria disputada no ano passado em uma parceria entre Argentina e Colômbia, mas o torneio foi adiado por conta da emergência sanitária. Os colombianos, no entanto, pularam fora da organização em decorrência da intensificação de uma grave crise social, com protestos diários contra o governo local.

    Com isso, os argentinos iriam sediar sozinhos a competição.

    Porém, o governo de Buenos Aires informou que não receberá o torneio em função do agravamento da pandemia do novo coronavírus no país, além de acrescentar que vai priorizar a saúde da população.

    A troca de sede da competição recebeu sinal verde do presidente da República, Jair Bolsonaro, mas a medida foi duramente criticada nas redes sociais. Os governos de Pernambuco e do Rio Grande do Norte, chefiados pelos governadores Paulo Câmara (PSB) e Fátima Bezerra (PT), fecharam as portas dos estados para o torneio.

    Apesar da mudança, a situação da crise sanitária no Brasil não é nada boa. De acordo com a universidade Johns Hopkins, em termos absolutos, o país contabiliza pouco mais de 462 mil mortes, atrás apenas dos Estados Unidos (594 mil), e 16,5 milhões de casos da doença. A Argentina, por sua vez, tem 3,6 milhões de contaminações e pouco mais de 78 mil óbitos.

    Comparando as duas nações, o Brasil possui 2.185 óbitos a cada um milhão de habitantes, enquanto que a Argentina registra 1.727 vítimas. Já na quantidade de casos, a nova sede da Copa América tem 78.135 contaminações por milhão de habitantes, já os argentinos somam 83.675 contágios. .

Ansa - Brasil
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