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Jogadores brasileiros do Zorya Luhansk relatam frio, falta de apoio e não conseguem deixar Ucrânia

Lateral-esquerdo Juninho Reis está com seu filho de 3 anos e mostra, pelas redes sociais, todos os problemas enfrentados para fugir da guerra com a Rússia

27 fev 2022 - 15h14
(atualizado às 15h14)
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Alguns jogadores brasileiros que atuam no futebol da Ucrânia estão com grandes dificuldades para cruzar a fronteira e deixar o país. Em meio à guerra com a Rússia, Guilherme Smith, Juninho Reis e Cristian Dal Bello estão com suas famílias nas proximidades da fronteira ucraniana com a Polônia, hospedados em um hotel e aguardando orientações da embaixada brasileira para uma nova tentativa de chegar ao país vizinho.

Os três atletas do Zorya, de Luhansk - região no leste da Ucrânia - conseguiram pegar um trem em Zaporizhzhya com destino a Lviv, cidade próxima à Polônia. Depois, tentaram percorrer um longo trajeto a pé para chegar à fronteira. Estando a somente quatro quilômetros da divisa, foram barrados e precisaram esperar em uma longa fila sob frio de cerca de 1ºC. As famílias acenderam uma fogueira, mas pouco adiantou diante das baixíssimas temperaturas.

Brasileiros  que atuam no Zorya, da Ucrânia, não conseguiram deixar o país.
Brasileiros que atuam no Zorya, da Ucrânia, não conseguiram deixar o país.
Foto: (Instagram/ Vitoria Magalhães) / Estadão

Após aguardar mais algumas horas, os brasileiros decidiram voltar para Lviv e foram alocados em um hotel indicado pela embaixada brasileira. Juninho, que está com seu filho Benjamin, de apenas 3 anos, relatou, pelas redes sociais, o drama vivido pelo grupo nas últimas horas.

"Infelizmente não conseguimos atravessar a fronteira. A melhor decisão foi voltar pra Lviv. Estava muito difícil, muito frio. Não conseguiríamos ficar bem hoje. Optamos por retornar e estamos no hotel que a embaixada arrumou. Estamos aguardando para saber para onde iremos", disse Juninho em vídeo. "Vocês não sabem a dor que foi ontem ver meu filho nessa situação", continuou. "Agora ele está bem. Não o colocarei novamente em risco. Preciso de ajuda para uma condição segura."

Vitória Magalhães, mulher de Juninho, também se manifestou em sua página nas redes sociais. Ela afirma que não falta ajuda do lado polonês da fronteira, no entanto, as dificuldades se concentram no trajeto para chegar até lá.

"Tem um grupo de brasileiros que está tentando a todo custo nos ajudar a passar. Já fizeram documentos, tentaram caronas. Mas não é fácil. Nós somos os mais interessados em sair", publicou a brasileira. Mais cedo, Vitória havia contado que o grupo não tinha agasalhos suficientes e ela tinha machucado o joelho durante a caminhada.

Os atacantes Cristian Dal Bello e Guilherme Smith compartilharam uma mesma mensagem em suas páginas e afirmam ter passado pela pior noite de suas vidas. "Essa foi a noite mais triste da minha vida. Com certeza, a pior. A divisa da Ucrânia com a Polônia não é nada do que falam. Andamos 60 quilômetros para chegarmos lá e sermos tratados como lixo. Dormimos na rua. Quase congelamos. Por sorte, conseguimos acender uma fogueira. Muito triste, gente. Não sabemos mais o que fazer nessa situação", declararam.

Em seus mais recentes posts nas redes sociais, os atletas e familiares mostraram que o clima não é nada favorável para quem precisa atravessar a fronteira. Em Lviv, a temperatura se aproxima de marcas negativas e houve registro de neve. Os brasileiros ainda aguardam as próximas orientações para prosseguirem a travessia e deixarem a Ucrânia.

Estadão
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