Chulapa reclama de Robinho na Copa América: "não vale nada"
O ex-centroavante e hoje auxiliar do Santos, Serginho Chulapa, não escondeu a chateação interna no clube pela perda do atacante Robinho, que desfalcará a equipe por até sete rodadas do Campeonato Brasileiro, devido à convocação para a disputa da Copa América com a Seleção Brasileira. Chulapa afirmou que a competição “não vale nada” e deveria ser utilizada como uma espécie de laboratório para testes na Seleção.
“Ele (Robinho) é um cara espetacular. Puxa fila (nos treinamentos), brinca o dia inteiro, passa um astral bom para a molecada, dá dura neles, vai para o jogo e é uma pessoa extraordinária, só que mais experiente, agora. Ele quando joga é alegre e vai para cima, ajuda muito em campo, é fundamental, pena que vamos perder ele para essa Seleção da Copa América que, para mim, não vale nada. Só vai tirar um grande jogador daqui”, disse em entrevista ao Terra.
Robinho foi um dos quatro jogadores que atuam no País chamados para a disputa da competição, que contará com as principais estrelas brasileiras como o atacante Neymar, do Barcelona. O jogador se apresenta já nesta segunda-feira, e o número de jogos fora varia de acordo com a campanha brasileira. Se cair na primeira fase, será desfalque em quatro jogos.
O atacante era o principal nome da primeira era Dunga à frente da Seleção, de 2006 a 2010, e tem sido nome constante nas listas do treinador desde o retorno mesmo aos 31 anos e após ficar de fora da Copa do Mundo de 2014.
“É um contrassenso chamar esses caras. Deveria servir para testes, mas o Robinho é espetacular, um cara do bem, não à toa ainda é convocado para a Seleção. Vai fazer falta”, afirmou Chulapa, que ainda minimizou a possibilidade do camisa 7 não voltar após o término da competição. “Acho que volta porque acredito que gosta muito de estar aqui. É legal trabalhar com um cara desse naipe, aqui a gente espreme e sai alguma coisa”, completou.
Robinho tem contrato com o Santos até 30 de junho, mas, caso a Seleção chegue à final, só retorna após 4 de julho. Sem contrato com o Milan, da Itália, com quem rescindiu este mês, o estafe do jogador e o clube tem intensificado as tratativas por sua permanência.
O atacante recebeu sondagens de algumas equipes de fora, a principal delas da Arábia Saudita, mas rechaçou sair. A decisão parte de um pedido pessoal da família pela proximidade do nascimento de sua filha após longos anos morando na Europa.
Nos bastidores, o clube acena acatar a pedida de cinco anos de contrato do jogador, com ganhos de R$ 1 milhão mensal, sonhando que, antes de encerrar o vínculo, poderá negociá-lo com mercados alternativos e até recuperar parte do investimento.