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Entenda como a falta de um zagueiro canhoto prejudica o Santos

2 fev 2022 - 10h01
(atualizado às 10h46)
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Um fato curioso na montagem de elenco do Santos é a ausência de um zagueiro canhoto. Desde a equipe que foi vice-campeã da Copinha até o grupo principal, o técnico Fábio Carille não conta com um defensor que use sua perna esquerda para sair jogando.

Por mais que possa parecer irrelevante, a ausência de um zagueiro com essa característica pode ser prejudicial ao Peixe. Higor Santos, analista de desempenho e mercado profissional, explicou melhor o porquê disso ser um problema para a equipe da Vila Belmiro.

"No caso do Santos, atuando com três zagueiros em um 3-4-2-1, a presença de três defensores destros dificulta vários processos na construção ofensiva, especialmente pelo fato de que um deles atuará a pé trocado e perderá vantagens para construir com bola em organização ofensiva", explicou Higor, que presta consultoria tática a jogadores, clubes e treinadores.

Na equipe de Carille, quem atua com o pé trocado é Eduardo Bauermann. Mesmo sendo destro, o zagueiro ex-América-MG atua pelo lado esquerdo na linha de três que também é composta por Velázquez (direita) e Luiz Felipe (centro).

"Se o Santos tivesse um zagueiro canhoto, por exemplo, este defensor teria facilmente o passe já para frente, em progressão, buscando Lucas Braga, que é um extremo de origem atuando como ala, criando situações de um contra um; além disso, a troca de corredor de um canhoto a pé natural é muito mais rápida e vantajosa ao lado oposto, o que poderia achar Madson (ala pela direita) também em boas condições", complementa Higor.

Zagueiros canhotos estão sendo cada vez mais valorizados no futebol mundial. Segundo o analista, é um perfil muito procurado pelos clubes, até pela sua escassez no mercado.

"Quais são os motivos que diferenciam um canhoto de um destro na posição de zagueiro central? Esta pergunta tem sido cada vez mais recorrente. Em primeiro lugar, um canhoto possui maior facilidade e encontra melhores ângulos de passe e conduções para progredir com a bola dominada, o que é fundamental numa estrutura com três zagueiros como a do Santos, para contextualizar citando um exemplo prático. Quando um destro está na esquerda, a naturalidade motora é trazer de fora para dentro, o que em determinados contextos dificulta a saída sob pressão e exige ajustes da estrutura de jogo para compensar as linhas de passe que este tipo de jogador perde", acrescentou.

Para o clássico contra o Corinthians, a tendência é que Kaiky retorne após se recuperar da covid-19 e seja mais uma opção para o trio de zaga. O jovem, mesmo também sendo destro, é o defensor com melhor passe no elenco santista.

Corinthians e Santos se enfrentam nesta quarta-feira, às 21h35 (de Brasília), na Neo Química Arena. O Peixe busca sua primeira vitória no Campeonato Paulista.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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