Historiador revela bastidores da passagem de Pelé pelo Santos
Rei do Futebol, que completa 82 anos neste domingo, teve outro apelido nos tempos de Peixe
Em homenagem ao aniversário de 82 anos de Pelé, o historiador do Santos, Guilherme Guarche decdiu recordar dos 'primeiros passos' até a despedida do Rei do Futebol.
Em entrevista à TV Tribuna, emissora afiliada à Rede Globo, o profissional revelou bastidores sobre a passagem de Edson Arantes do Nascimento pela Vila Belmiro.
- Ele chegou no dia 23 de julho de 1956, com 15 anos. Era um 'moleque mirrado'. Chegou em um domingo e, na terça-feira, já estava treinando com o time principal (do Santos). Logo no início, o pessoal já percebeu: 'Ele é bom mesmo, segura ele aí - revela.
APELIDO ERA OUTRO
Antes de ser mundialmente conhecido como Pelé, o Re teve outro apelido entre os atletas mais velhos do Santos: Gasolina.
- No início dele aqui, os jogadores fumavam na concentração antes dos jogos. Então, quando os maços de cigarro acabavam, eles davam dinheiro e pediam para que ele comprasse mais. O Pelé tinha apenas 15 anos e era muito rápido. Ele voltava depressa e gostava de ficar com a gorjeta, assim nasceu o apelido - conta o historiador.
ATUAÇÃO HISTÓRICA
des partidas de Pelé com a camisa do Peixe foi em uma goleada por 1
Uma das gran1 a 0 contra contra o Botafogo de Ribeirão Preto, em 1964.
- É o jogo que eu marquei (na memória). Ele marcou oito gols só nessa partida. Foi um recorde, e demorou muito tempo para ser quebrado - revela o historiador.
FIM DE UMA ERA
Em 1974, dezoito anos após a sua estreia com a camisa do Santos, Pelé se despediu do Peixe. O último jogo foi contra a Ponte Preta, no dia 2 de outubro daquele ano. De acordo com o historiador Guilherme Guarche, que estava presente no momento histórico, foi impossível conter as emoções.
- Eu chorei quando ele foi embora. Ele se ajoelhou no meio do campo e, quando saiu, eu também fui embora do estádio. Saí chorando - relatou o profissional.
Pelé ainda disputaria mais duas partidas pelo Santos algum tempo depois. Em 7 de dezembro de 1975, ele defendeu o alvinegro praiano no empate em 1 a 1 contra o Bahia, em partida válida pelo Torneio Governador Roberto Santos, em Salvador.
Em 1977, em um amistoso, o Rei do Futebol se 'dividiu' entre o time da Vila Belmiro e o NY Cosmos. Ele jogou um tempo por cada equipe e, enfim, se despediu em definitivo do esporte.