Presidente revela que Palmeiras procurou Santos por Marinho
No entanto, Andres Rueda desconversa e diz que atacante quer jogar nos Emirados Árabes, onde o salário é maior
O presidente do Santos, Andres Rueda, comentou em entrevista coletiva de apresentação do técnico Fábio Carille, nesta quinta-feira sobre a situação de Marinho. O atacante tem contrato até dezembro de 2022, mas externou a vontade de ser negociado em dezembro e lamentou não ter sido vendido. Outra queixa foi não receber aumento salarial.
O desejo do atleta é atuar nos Emirados Árabes, onde a remuneração é maior. O clube recebeu três propostas que não chegaram ao valor desejado.
"O Santos não teve consulta nenhuma do Atlético-MG. No caso do Palmeiras, foi uma conversa entre presidentes, nada mais do que isso. Recebemos propostas, sim, dos Emirados Árabes. Marinho gostaria de ir pela remuneração, o sonho era esse, Emirados Árabes. Não era Europa ou Estados Unidos, mas lá. E combinamos de fazer negócio se chegasse proposta aceitável. As três que chegaram não interessaram ao Santos", disse o presidente.
"Marinho se cobra muito. Foi mais um desabafo a entrevista. Não vi ele falando que precisa de jogadores para disputar títulos, até porque temos jogadores para disputar títulos. Comentou, sim, que vendemos alguns e não ele. É um desejo dele, não está mentindo. O desejo é de ir se chegar proposta dos Emirados árabes interessante para ele. Eu fui claro que, se chegar proposta interessante para o Santos, não haveria problema. Mas não chegou. Propostas feitas não atenderam o Santos. Vida que segue. Recebemos consultas todo dia. Propostas são mais raras. Mas o ambiente deles é bom, é querido por jogadores, nós e torcida. Conversa ontem foi muito boa, está esclarecido e logo mais começa a jogar e fazer gols. Confiamos muito nele, é uma de nossas estrelas", completou.
O camisa 11 também acusou o departamento médico de errar no tratamento de lesão na coxa esquerda. Ele alegou ter passado por procedimento cirúrgico após hematoma. Rueda negou.
"Marinho vinha se recuperando de fibrose, começou a transição e teve hematoma na coxa esquerda. Não sou médico, mas de tanto falar aprendi a sequência. Primeiro procedimento é uma punção. Com a seringa e agulha se chega a esse sangue coagulado e tenta extrair. Isso foi feito, procedimento normal e era o primeiro a ser feito mesmo. E não deu o resultado esperado. Coxa não desinchou… Com todo apoio da diretoria e equipe médica, Marinho foi para o Hospital Albert Einstein em São Paulo, com o maior especialista da área. Concordou com a punção, mas o volume do hematoma é alto e temos que fazer uma drenagem. Drenagem pode ser feita em consultório ou qualquer lugar, mas por ser um jogador de futebol, decidiu-se que seria em um centro cirúrgico. Ambiente controlado, sem infecção… Drenagem nada mais é que uma abertura, colocar o dreno e o dreno por capilaridade puxar o sangue. Isso foi feito, colocou-se os pontos e o processo de recuperação foi normal de drenagem. Fez a fisioterapia e está em um processo de readequação, treinando já, para poder jogar quando estiver 100% na parte técnica. O entendimento de erro médico não se aplica nesse caso", explicou.
"O clube não deu prazo. Drenagem foi feita e, após o procedimento, perguntamos o tempo estimado. E se falou isso, entre 15 dias e um mês. Foi o prazo mais ou menos colocado pelo médico responsável pela cirurgia. Diretoria e departamento médico estiveram em todo tempo com o jogador", emendou.
O presidente foi ao CT Rei Pelé na última quarta-feira para conversar com Marinho.
"Ontem fui no CT e conversei com o Marinho, numa boa. Marinho tem preocupação enorme, sofre pressão nas redes sociais e é normal desse novo futebol. Falam que não jogam, que é chinelinho. Se sentiu incomodado com isso. Temos relacionamento muito bom, a vontade é jogar. Conversamos e esclarecemos tudo isso e vai continuar o tratamento para jogar o mais rápido possível", concluiu.
Marinho é dúvida para a partida contra o Bahia no sábado, na Vila Belmiro, pela 20ª rodada do Campeonato Brasileiro.