Santos confirma busca, mas espera parceiro para ter Robinho
O Santos confirmou nesta terça-feira que tenta viabilizar a contratação do atacante Robinho, do Milan, da Itália. O gerente de futebol Zinho disse que o clube sonha acertar o retorno do ídolo, com quem assegurou já ter superado as farpas trocadas no último ano, mas externou que espera a aparição de um parceiro para conseguir pagar os altos salários.
"É um sonho (a contratação). O Robinho tem a cara do Santos, é campeão aqui, não só em sua carreira, mas, principalmente, aqui. Ele é cria do Santos, sou fã de seu talento e é sempre um sonho ter alguém desse nível. Nosso próprio presidente deu declaração de que a parte financeira é o que inviabiliza. Mas querer, eu, o Oswaldo e a direção do clube queremos", explicou o dirigente.
"O possível interesse de uma vinda de um atleta desse nível precisa de parceria, não pode ser só o Santos. Os clubes, digo não só o Santos, todos, não podem fazer loucura para onerar de forma que não podem cumprir. E o Santos paga tudo certinho porque faz aquilo que está ao seu alcance. Para trazer, tem que ter parceria", completou.
O Comitê Gestor do Santos elabora um plano para abrir negociações com o atacante. O Terra apurou que a diretoria está confiante de que conseguirá fazer caixa com o lateral esquerdo Eugenio Mena. Sem dinheiro, o clube estuda uma estratégia para negociar o chileno, que consideram estar valorizado após a disputa da Copa do Mundo.
Dirigentes já acionaram o empresário Renato Duprat, representante do fundo maltês Doyen, que financiou a contratação do centroavante Leandro Damião, para que procure mercado para o atleta. A Doyen tem entrada em uma série de centros na Europa, entre eles Espanha e Inglaterra.
Robinho passou grande parte das férias no País e aumentou os indícios de saída do Milan após não viajar com a equipe para a pré-temporada nos EUA, alimentando, também, a possibilidade de acerto com o Orlando City, recém-fundado.
A concretização da ida para o futebol dos Estados Unidos é a chave para a negociação. Se for, a exemplo de Kaká, será emprestado a outro clube, já que o Orlando só iniciará as atividades em 2015.
No último ano, após desgastantes conversas, o atacante desabafou contra o ex-presidente Luis Álvaro Ribeiro dizendo ainda que "com a atual diretoria é totalmente impossível qualquer nova abertura de negociação e de ocorrer a volta ao Santos".
Na ocasião, ainda desmentiu o mandatário santista sobre a pedida salarial, alegando que aceitou diminuir em até 35% os ganhos. Durante as férias, amenizou a polêmica com uma visita ao clube para assistir uma partida da equipe Sub-17.
"O Robinho é santista, é da cidade. O Santos é o clube que o revelou e, com certeza, ele gostaria muito de vir para Santos, como nós gostaríamos. Mas não é só esse fato que soluciona. Eu não estava aqui na época da possível vinda (em 2013), só agora tive um pequeno contrato com ele quando veio resolver um probleminha nas categorias de base, mas não era um local de conversas tão sérias. E há uma hierarquia, quem conversa com ele é meu superintendente, eu e o Oswaldo já aprovamos. Teve a conversa (com a representante)", argumentou.
A meta santista é negociar o chileno Mena, e com o montante arrecadado pagar os cinco meses de salários do empréstimo. A dificuldade é o alto valor, cerca de R$ 1 milhão mensal. Internamente, a operação é vista com bons olhos pelos membros da situação política do clube, que passará por eleições em dezembro, e acreditam que o jogador pode impulsionar a equipe a um bom fim de ano.