Santos evita pressa por Robinho e diz que não teme rivais
O presidente do Santos, Modesto Roma Júnior, externou ter saído satisfeito da reunião desta sexta-feira com a advogada e o pai do atacante Robinho. O mandatário não quis expor a distância que ainda separa clube e o jogador de um acerto, mas avisou que a diretoria não acelerará as negociações devido a sua apresentação à Seleção Brasileira para a disputa da Copa América e, principalmente, pela pressão devido ao interesse dos rivais.
“Estamos sempre (com otimismo) e sem pressa, recordo a vocês o tempo da renovação com o Ricardo Oliveira, que demorava, não saía, mas a pressa tem sido muito mais de outros do que nossa. Vamos sentar e negociar pelo tempo que for necessário para chegarmos a um bom termo. Estamos caminhando bem, de uma forma construtiva. A Marisa (advogada) merece o nosso respeito pela competência com que trata as cosias dele. As coisas estão caminhando bem. Posso dizer que foi uma reunião agradável, no mínimo agradável”, disse o mandatário, que ainda minimizou a concorrência de Flamengo e Cruzeiro.
“Assédio seria se tivessem aliciando, mas não é isso, está terminando o prazo contratual dele no clube, o dele no Milan, também, então é natural que venham clubes. Com certeza não tem ninguém querendo trazer o Fio Maravilha, querem o Robinho, o perna de pau ninguém quer. Temos que ter nesse aspecto uma visão clara da coisa. Agora, por esse medo do assédio e de pressão, não vamos nos precipitar em fazer o contrato, temos que esgotar as negociações para fazer o melhor para o Robinho e o Santos”, completou.
Robinho falou durante a entrevista que não está disposto a baixar o atual patamar salarial de R$ 1 milhão mensais dizendo querer melhorar em tudo: "meu chute de perna esquerda, de direita e isso (salário) também tem que melhorar".
O camisa 7 ainda falou que aceitaria jogar por rivais e que a discussão pela permanência começaria pelo pagamento da dívida salarial.
A questão da dívida foi amenizada nesta sexta, com a informação de que o Santos quitou a milionária dívida salarial com os jogadores do elenco. O socorro veio por meio de um empréstimo de R$ 8 milhões do Banco BMG, com aval não revelado. Do valor, quase metade, R$ 3,5 milhões, foram destinados para a dívida de cinco meses de direitos de imagem pendentes com o camisa 7.
“Nós não estamos discutindo luvas ou tempo de contrato, tudo isso importa pouco. O que importa mesmo é o valor global do contrato, como vai ser pago e o tempo de contrato. Essas são as três variáveis. O nome que vamos dar para as coisas: parcela, luva, imagem, CLT, bonificação, pouco importa. O que nos importa é o valor total, a forma de pagamento e o tempo de contrato”, argumentou Modesto.
O Terra apurou que o estafe de Robinho já avisou ao Santos que o atacante quer um contrato de cinco anos para permanecer, usando a valorização como principal trunfo para conseguir um bom contrato.
O atacante se apresentará à Seleção Brasileira no próximo dia 1º para a disputa da Copa América, no Chile. Até lá fará mais dois jogos, todos pelo Campeonato Brasileiro.