São Paulo firma parceria com Observatório da Discriminação Racial no Futebol
Clube assume responsabilidade em intensificar o combate ao racismo e definiu o acordo em três frentes: educação, conscientização e correção.
Um dia após ser absolvido de acusação de atos racistas contra a torcida do Fluminense, em jogo no Morumbi pelo Brasileirão, o São Paulo anunciou parceria com o Observatório da Discriminação Racial no Futebol. O clube assumiu sua responsabilidade social em intensificar o combate ao racismo e definiu o acordo em três frentes: educação, conscientização e correção.
Cada dia mais os atos de discriminação social mancham a história do futebol nos gramados. Seja na Europa, nos confrontos da América do Sul - Copas Libertadores ou Sul-Americana - ou mesmo nas competições caseiras em solo nacional. E a promessa de punição vem deixando muito a desejar.
Ciente que precisava fazer algo, o São Paulo firmou a parceria, na qual desenvolverá uma série de medidas de orientação e prevenção. Entre as metas estão a criação de uma cartilha antidiscriminatória, palestras sobre o racismo e campanhas de conscientização no Estádio do Morumbi. A ideia é atingir toda a comunidade são-paulina, torcedores, atletas, dirigentes e conselheiros.
"Acreditamos que um clube do tamanho do São Paulo tem um grande potencial de transformação na sociedade. Justamente por isso, nos esforçamos para ampliar e fortalecer nossas ações de combate ao racismo", disse o presidente Júlio Casares. "O Observatório da Discriminação Racial será um forte aliado para que, juntos, possamos evoluir dentro e fora do ambiente do futebol. O racismo é um mal da sociedade e, para combatê-lo, não basta não ser racista, é preciso ser antirracista", explicou o dirigente.
"Essa parceria com o São Paulo é muito importante para combater o racismo. Não só no futebol, como na sociedade de forma geral. Essa parceria fortalece o trabalho que o São Paulo já vinha fazendo e que, com a experiência do Observatório, tende a crescer ainda mais", afirmou Marcelo Carvalho, diretor executivo do Observatório, que concluiu: "É importante que os clubes tenham a consciência do poder de influência que possuem na sociedade e, com isso, passem a combater esses problemas não só dentro das quatro linhas."