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Ano de 2023 de Dorival Júnior pelo São Paulo foi fundamental para chamar a atenção da Seleção Brasileira

Mesmo com conquistas recentes pelo Flamengo, ainda existiam desconfianças sobre o treinador na CBF, que foram minimizadas com o título da Copa do Brasil pelo Tricolor

7 jan 2024 - 07h02
(atualizado às 07h37)
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A temporada do técnico Dorival Júnior pelo São Paulo, em 2023, foi crucial para que o profissional esteja no topo da lista da CBF para assumir a Seleção Brasileira. O título da Copa do Brasil pelo Tricolor foi o motivo que faltava para 'convencer' pessoas dentro da entidade máxima do futebol brasileiro que o profissional está pronto para assumir a Amarelinha.

O nome do treinador são-paulino circula há algum tempo na Confederação, mas com resistência por conta do desempenho dele em torneios mata-matas. Uma ala da CBF entendia que o Flamengo havia ganhado os títulos da Copa do Brasil e Libertadores em 2022 apesar de Dorival, alegando que o clube carioca foi pior nos duelos contra Corinthians e Athletico-PR, mas conseguiu a conquista por conta dos valores individuais da equipe rubro-negra.

Porém, ter conquistado novamente a Copa do Brasil, dessa vez pelo São Paulo, que nunca havia vencido o torneio, e batendo o próprio Flamengo na decisão, foi a resposta que faltava para quem duvida do técnico, inclusive o presidente Ednaldo Rodrigues, reconduzido ao cargo na última semana por meio de uma liminar do Supremo Tribunal Federal.

O mandachuva da entidade nunca se mostrou convencido em ter Dorival Júnior no comando da Seleção, e tinha Fernando Diniz como nome brasileiro com mais afinidade. Tanto que contratou o técnico do Fluminense para assumir a Amarelinha de forma interina enquanto esperava o cumprimento de um acordo verbal que teria com o italiano Carlo Ancelotti, que decidiu renovar o seu contrato com o Real Madrid, da Espanha, até 2026.

Diniz foi demitido por conta dos maus resultados à frente do Brasil no início das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026 e por um acordo que Ednaldo fez com Mário Bittencourt, presidente do Fluminense, de que não tiraria o treinador do comando da equipe carioca. O profissional conciliava o trabalho na Seleção com o na CBF.

Outros nomes também são discutidos internamente, entre eles José Mourinho e Jorge Jesus. Mas há preocupação para que a negociação não se estenda como uma novela, já que no meio do ano o Brasil terá pela frente a Copa América. E antes, no primeiro semestre, amistosos contra Inglaterra e Espanha, que serão realizados na Europa.

Assim, o entendimento é que apenas um técnico que esteja trabalhando no Brasil estaria disponível para um início imediato. E esse nome seria justamente o de Dorival.

A CBF, até o momento, não trabalha com opções que já foram ventiladas em um passado próximo, como Abel Ferreira, Renato Gaúcho e Cuca.

Em relação a Abel há um temor por conta do temperamento forte e que possui tons críticos à entidade máxima do futebol brasileiro. O entendimento internamente é que o treinador contratado chega para somar e não criar mais problemas. Enquanto Renato é visto como um profissional que não possui mais o timing para a Seleção, pois não vive mais o seu auge. Cuca, mesmo com a anulação do processo de crime sexual que tinha contra ele na Suíça desde a década de 80, não é cogitado por dois motivos: institucional, já que o caso não aponta inocência do técnico e pelo tempo que ele ficou parado no mercado.

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