Carlos Belmonte afirma que dez jogadores podem sair do São Paulo para redução de gastos do clube
Clube trabalha para 2025 com teto de gastos de R$ 350 milhões e necessita vender atletas
Em entrevista ao jornalista Alexandre Zanquetta, o diretor de futebol do São Paulo, Carlos Belmonte, explicou que o clube vem trabalhando para cortar despesas, melhorar as finanças da instituição e que isso passa pela saída de cerca de dez atletas. Um dos objetivos é a redução da folha salarial do clube para a próxima temporada.
"É mais ou menos esse número (dez) de saídas. Estamos tentando, e não vai ser fácil, reduzir a folha salarial em torno de 10% de forma global, de 17 para 15 milhões de reais, mesmo com as contratações que vierem. Estamos trabalhando saídas de jogadores em final de contrato, com mais um ano de contrato e que não vamos renovar e outros que pretendemos vender", explicou Belmonte.
Atletas como o zagueiro Matheus Belém, negociado com a Chapecoense, o lateral-direito Raí Ramos, de saída para o Atlético-GO, além dos laterais-esquerdo Welington e Jamal Lewis, que irão para o futebol inglês, são alguns dos nomes que não estarão no São Paulo em 2025.
Um atleta que o clube busca vender é o volante equatoriano Jhegson Méndez, que chegou em 2023 e fez apenas 24 partidas. Méndez foi emprestado para o Elche-ESP de fevereiro a junho em 2024. O jogador tem mais um ano de contrato com o Tricolor, mas não está nos planos de Luís Zubeldía para 2025. Outro cotado para ser vendido é o meio-campista Rodrigo Nestor, sondado pelo Bahia.
Por conta da criação do FIDC (Fundo de Investimento de Direitos Creditórios) para tentar reduzir a sua dívida, o São Paulo trabalha para 2025 com um teto de gastos de R$ 350 milhões ou metade da receita bruta, o que for menor, para salários, direitos de imagem, encargos e na contratação de novos atletas.
O clube registrou um déficit de R$ 191 milhões entre janeiro e setembro deste ano, período em que a dívida do clube aumentou de R$ 666 milhões para R$ 886 milhões.
"Nós estamos trabalhando o tempo inteiro na busca de negociações para atletas nossos, para que a gente consiga atingir esse número fundamental. Para atingir o teto de R$ 350 milhões, é um trabalho gigantesco, pois nele não estão outros gastos importantes, como a base", comentou Belmonte.
Por fim, o executivo explicou que a previsão de investimentos para a base aumentarão na próxima temporada. "A base gastava R$ 38 milhões por ano, houve um pedido para se gastar R$ 42 milhões. Ou seja, estamos trabalhando com reduções, mas vamos aumentar lá, porque base não é gasto, é investimento. Precisamos investir mais para conseguirmos ganhos oriundos das categorias de base", completou.