Cinco motivos para o São Paulo 'acordar' e voltar a se dedicar no Brasileirão
Desde que venceu a Copa do Brasil, Tricolor vai 'empurrando com a barriga' o restante do ano
O São Paulo enfrenta o Athletico-PR neste domingo, 29, às 16h (horário de Brasília), fora de casa, tentando juntar os cacos da goleada por 5 a 0 sofrida diante do Palmeiras, um vexame que não foi obra do acaso. Desde que venceu a Copa do Brasil, no fim de setembro, o Tricolor passou a "empurrar com a barriga" o restante da temporada, com atuações medianas e resultados protocolares - exceção feita à vitória no clássico diante do Corinthians.
O time de Dorival Júnior, no entanto, não está com a temporada resolvida e precisa "acordar"! no Brasileirão o mais rápido possível para evitar problemas maiores, como o risco de rebaixamento. A seguir, apresentamos cinco motivos para o São Paulo se dedicar - de verdade - às últimas rodadas do campeonato.
- 1. Se recuperar do vexame diante do Palmeiras
A derrota por 5 a 0 diante do Palmeiras foi a maior goleada do clássico. Isso dá uma dimensão do tamanho da vergonha que o Tricolor passou em um dos maiores clássicos do país. Além do resultado, a má atuação, tanto individual quando coletiva, deixa o torcedor em dúvida sobre qual nível real do time do São Paulo perante seus adversários. Simples assim: o torcedor precisa de uma resposta.
- 2. Honrar o título da Copa do Brasil
O roteiro da conquista foi praticamente perfeito: o São Paulo eliminou Palmeiras nas quartas de final, Corinthians na semifinal e Flamengo na decisão. Além disso, a Copa do Brasil é considerada um dos principais campeonatos do país, ao lado do Brasileirão e da Libertadores, conferindo status ao seu campeão.
Alguns fatores, como a dificuldade do torneio, a premiação (de mais de R$ 70 milhões apenas para o campeão), ou até mesmo a vaga de Libertadores que o campeão ganha, ajudam a conferir prestígio à competição. Encerrar a temporada em baixa não combina com uma equipe que levou um dos principais torneios do país. O São Paulo precisa honrar aquilo que conquistou em campo.
- 3. Evitar a pior campanha da sua história como visitante
Em 14 jogos disputados, o São Paulo ainda não venceu como visitante nesta edição do Brasileirão. A estatística, por si só, já é assustadora, mas sempre dá para piorar: nunca o Tricolor demorou tanto tempo para vencer o seu primeiro jogo como visitante no Campeonato Brasileiro (a pior sequência, até então, era de oito jogos sem vencer).
Apenas América-MG (o lanterna do Brasileirão) e São Paulo não venceram fora de casa na competição. São apenas seis pontos conquistados ao longo de todo o campeonato. Neste ritmo, o São Paulo caminha a passos largos para fazer sua pior campanha como visitante na história do Brasileirão por pontos corridos com 20 times (desde 2006), superando o ano de 2017, quando conquistou apenas 15 pontos.
- 4. Terminar em uma posição melhor em comparação aos últimos anos
O São Paulo se acostumou a ocupar o meio da tabela do Brasileirão. Nas últimas duas temporadas, o clube do Morumbi terminou a competição na 13ª e 9ª posição, nos anos de 2021 e 2022, respectivamente. Para o Tricolor, uma boa reta final de temporada seria a oportunidade perfeita para conseguir uma colocação melhor no campeonato em comparação com anos anteriores, algo mais condizente com a sua grandeza.
- 5. Premiação por campanha
Possivelmente é o motivo que menos interfere no trabalho de campo, mas ainda é uma preocupação para o clube. A CBF ainda não divulgou a quantia que será distribuída entre os participantes do Brasileirão deste ano, mas, tomando como base os valores distribuídos na última temporada, o São Paulo receberia R$ 24,7 milhões caso termine o campeonato na 10ª colocação da tabela, posição que ocupa atualmente.
Entretanto, terminando a competição na 8ª posição, apenas duas acima da atual, o Tricolor embolsaria quase R$ 30 milhões pela campanha. O mesmo vale em caso de queda de rendimento: caso o clube do Morumbi termine o campeonato duas posições abaixo, a quantia recebida ficaria em torno de R$ 18 milhões. Vale um esforço a mais, não?