Com 2 expulsos, SP se revolta com árbitro e catimba gremista
Fernando Diniz e Tréllez receberam o cartão vermelho após o término da partida que sacramentou a eliminação da Copa do Brasil
O apito final do árbitro Bruno Arleu de Araújo no empate sem gols com o Grêmio, na noite desta quarta-feira, foi seguido por muita revolta do elenco e da comissão técnica do São Paulo. Insatisfeitos com a conduta, eles cercaram o juiz, pois consideraram que os sete minutos de acréscimos foram insuficientes para repor o tempo perdido com paralisações.
As reclamações renderam duas expulsões no São Paulo, do atacante Tréllez e do técnico Fernando Diniz. Eles protestaram contra a suposta catimba gremista, como explicou, em entrevista na saída do gramado, o goleiro Tiago Volpi. Na confusão, policiais militares precisaram intervir para proteger a arbitragem.
"A todo momento um jogador caía no chão. Goleiro demora 40, 50 segundos para bater tiro de meta. Avisamos no intervalo que queriam atrasar. A gente queria acelerar. Se ele dá os 10 ou 12 minutos que tinha que dar e a gente perde, tranquilo. Essa é a nossa indignação. Mas não vai voltar atrás", disse o goleiro, em entrevista ao SporTV, também criticando a postura gremista no empate por 0 a 0.
"Não teve jogo"
O técnico Fernando Diniz, expulso ao final da partida após reclamações, reclamou da postura gremista nos dois duelos e da postura do trio de arbitragem nos dois jogos. "Não teve jogo. Dez jogadores caídos lá (em Porto Alegre) e aqui (no Morumbi). Em nenhum momento a arbitragem sinalizou que ia dar cartão amarelo. Do começo ao final do jogo. Se ele desse mais acréscimo, a gente poderia perder o jogo, qualquer um poderia perder o jogo, mas isso é rotina. O jogo para muito. Daqui a pouco vai ter que ter tempo cronometrado no futebol. A arbitragem é conivente, de maneira geral, com jogador que se joga no chão, faz drama. Para o futebol, é ruim", afirmou Fernando Diniz.
"A arbitragem foi muito conivente com o tipo de jogo que o Grêmio se propôs a fazer desde o primeiro minuto lá em Porto Alegre. A gente teve 180, 190 minutos pra fazer gol e não fizemos. Mas, ninguém sabe o que vai acontecer. Em relação à arbitragem, os times que não querem jogar são beneficiados por ela. Ele (Bruno Arleu de Araújo) deu sete minutos de acréscimo, mas depois o jogo parou por quatro minutos. Então, na verdade, ele deu três minutos ao invés de ser sete. Minha reclamação era essa. Estávamos insistindo, ninguém tem bola de cristal pra saber se iríamos marcar gol ou não", prosseguiu.
Ao São Paulo, em jejum de títulos desde 2012 e sem nunca ter sido campeão da Copa do Brasil, resta o Campeonato Brasileiro para buscar uma taça nesta temporada. Mas a possibilidade é boa, afinal, o time está na liderança e com sete pontos de vantagem para Atlético-MG e Flamengo. E voltará a jogar pelo torneio em 6 de janeiro, quando visitará o Red Bull Bragantino.