Árbitro justifica "dedo em riste" para expulsar Osorio
Ao final da derrota por 4 a 0 para o Palmeiras, neste domingo, Juan Carlos Osorio se revoltou por ter sido expulso no intervalo do clássico disputado no Allianz Parque. O treinador são-paulino disse ter falado de forma respeitosa com Anderson Daronco. Na súmula, no entanto, o árbitro informa que o colombiano se dirigiu a ele com o dedo em riste.
"Expulsei no intervalo da partida o técnico do São Paulo, o Sr. Juan Carlos Osorio Arbelaez, pois o mesmo aguardou a passagem da equipe de arbitragem na área mista (saída do campo), vindo em minha direção, reclamando com o dedo em riste, dizendo: 'a advertência do meu jogador (número 22, Bruno), foi injusta, você errou, você está equivocado'. Neste momento, comuniquei o mesmo, que ele estava expulso da partida", escreveu.
A reclamação foi referente ao cartão amarelo dado a Bruno por reclamação, no primeiro tempo. Para o técnico são-paulino, por ter sido advertido, o lateral direito ficou receoso de dar combate em Egídio no cruzamento que originou o primeiro dos quatro gols palmeirenses.
"Trabalhei na América (Estados Unidos) e na Inglaterra, dois países líderes do mundo, onde se respeita o ser humano. Lá, se permite falar com o árbitro. Não sabia que aqui no Brasil os árbitros eram figuras intocáveis. Pensava que essas figuras fossem os jogadores", revoltou-se Osorio, visivelmente nervoso.
"Em nenhum momento, fui mal educado com ele. Disse que tinha sido injusto o cartão para o Bruno. Nós tínhamos planejado não tomar cartão, como o time tomou no clássico anterior. Até os 30 minutos, tudo estava bem. Quando o Bruno ficou condicionado pelo mau cartão, ele não pôde competir. Pensava que, no mundo do futebol, se podia dizer as coisas", queixou-se.
Por nova orientação, os árbitros têm tomado "medida disciplinar adequada" diante de "acintosas reclamações, individuais ou em grupo de jogadores, contra as decisões do árbitro e de qualquer oficial da arbitragem, tanto durante como após o encerramento das partidas". A circular tem também como recomendação expulsar imediatamente "qualquer pessoa, jogador ou substituto que, ao término do primeiro tempo ou ao final da partida, se dirija à equipe de arbitragem, ofendendo, ou aplaudindo de forma irônica".
O comandante colombiano do São Paulo negou que tenha sido ofensivo, mas admitiu que não tinha conhecimento prévio dessa orientação.