Na Vila, Muricy sucumbe à "criatura" e vê pressão com 3º revés seguido
Muricy Ramalho aguardava mais no retorno à Vila Belmiro 123 dias após a conturbada demissão do Santos, clube que dirigiu por 25 meses. O técnico, responsável por liderar o princípio de reação do São Paulo neste Campeonato Brasileiro, viu no reencontro com a equipe alvinegra a primeira grande dificuldade desde a volta ao clube do Morumbi devido a terceira derrota consecutiva na competição, sucumbindo, justamente, diante da "criatura", o técnico Claudinei Oliveira, que o sucedeu no cargo.
A derrota, agora, aproxima ainda mais o São Paulo da volta à zona do rebaixamento, condicionada a uma vitória do Vasco da Gama nesta quinta-feira, em duelo diante do Internacional. O Santos, por sua vez, renova os ânimos para a busca ao G-4.
No jogo, Muricy insistiu na manutenção da ideia de Jadson e Paulo Henrique Ganso atuando juntos novamente. O camisa 10, aberto pela direita, pouco produziu, enquanto o camisa 8 foi anulado durante o primeiro tempo pelo volante Alison.
A expulsão do pupilo de Claudinei nada adiantou. Mesmo com mais liberdade durante todo o segundo tempo, o São Paulo pouco produziu - nenhuma grande chance efetiva - e ainda viu o Santos mais perigoso nos contra-ataques, principalmente com Cicinho, responsável pelas assistências para os gols decisivos de Thiago Ribeiro e Léo.
O Santos atuou todo o segundo tempo com Willian José como solitário homem de frente alicerçado por quatro no meio de campo, marcando atrás da linha da bola. Muricy ainda tentou com as entradas de Maicon e Lucas Evangelista nas vagas dos apagados Jádson e Osvaldo, mas as alterações não surtiram efeito.
Ao fim, o técnico, que escapou das vaias direcionadas dos torcedores, ao contrário de Ganso, ainda ouviu gritos irônicos da antiga torcida, que entoou o seu nome. O "pupilo", por sua vez, ganha moral após receber críticas direcionadas de membro do Comitê Gestor durante a semana.