Passado torcedor e entorno tricolor: como Erison e estafe ajudaram São Paulo a dobrar exigências do Botafogo
Empresário de atacante foi campeão paulista de 1987, pelo clube do Morumbi
Erison foi enfim anunciado pelo São Paulo nesta semana como novo reforço, após uma novela que durou mais de uma semana de idas e vindas pelo jogo duro do Botafogo. No papel, o time carioca tinha até suas razões, já que a oferta do Coritiba era melhor. Mas o que cariocas e paranaenses não esperavam era todo o envolvimento sentimental do atacante e seu estafe com o clube do Morumbi.
O empresário de Erison é Ronaldo Francisco Lucato. Por nome, o torcedor são-paulino dificilmente reconhecerá. Mas o homem nascido em Limeira (SP) fez 103 jogos, marcou 24 gols e se sagrou campeão paulista de 1987 no Morumbi com o apelido que o consagrou: Lê.
Só a ligação sentimental do estafe seria o suficiente para que Erison desembarcasse no São Paulo. Mas outro detalhe levantado pela torcida chamou a atenção. Um perfil do Instagram do atacante quando ele era adolescente entregou uma foto dele com a camisa tricolor, denunciando a ligação sentimental com o Morumbi também por parte dele.
Em sua primeira entrevista como jogador do Tricolor, Erison foi direto na resposta sobre os motivos que o levaram a escolher o clube.
- Só minha família sabe o quanto estou feliz.
Foi a insistência de Lê e Erison que fizeram o São Paulo a dobrar John Textor, o poderoso chefe da SAF botafoguense.
Quando a cúpula tricolor procurou o Botafogo por Erison, foi definido o preço de R$ 1,7 milhão pelo empréstimo por uma temporada. O nome não foi escolhido à toa. O atacante que brilhou em sua chegada ao Fogão, não rendeu o mesmo no Estoril, de Portugal. O plano de Textor é fazer caixa com o jogador. E a experiência europeia dificultaria sua aparição.
Tricolor e Botafogo falaram em tons diferentes. O São Paulo ofereceu o que julgou um bom negócio: abateria o valor do empréstimo da série de dívidas que o clube de General Severiano têm, com Henrique Almeida, Tchê Tchê e Lucas Perri.
A princípio a oferta foi aceita, mas aí apareceu o Coritiba. Os paranaenses ofereceram a mesma quantia, mas paga em dinheiro vivo, algo que agradava mais Textor. E foi desenhado o chapéu no São Paulo.
Só que havia um triunfo. Um não, dois. O próprio Erison e Lê. Com as cores tricolores no peito, já haviam decidido: o atacante jogaria no Morumbi. E assim foi feito. Um esquema que o São Paulo se acostumou a fazer. Como Wellingtion Rato e David, haviam propostas melhores, mas pesou a vontade do jogador.