Dívida de 2002 bloqueia parte do dinheiro da venda de Souza
Em profunda crise financeira, o São Paulo tem sofrido uma série de ações na Justiça. Na mesma semana em que foi acionado pelo Orlando City por dívida referente ao empréstimo de Kaká, o clube foi notificado de nova penhora, desta vez na venda de Souza para o Fenerbahce, da Turquia.
Por conta de uma dívida antiga (em 2002, o São Paulo não pagou comissão no contrato do ex-lateral Jorginho Paulista), a empresa Prazan Comercial tem conseguido bloqueios consecutivos nas transferências de jogadores do clube. Foi assim com Rodrigo Caio, cujo negócio com o Valencia (Espanha) acabou sendo cancelado, e também com Paulo Miranda e Denilson.
As ações ligadas ao zagueiro (vendido para o Red Bull Salzburg, da Áustria) e ao volante (que foi para o Al Wahda, dos Emirados Árabes) serviram para abater R$ 1,9 milhão da cobrança de pouco mais de R$ 3 milhões. Agora, a Justiça acatou pedido para que sejam penhorados até cerca de R$ 1,2 milhão da transferência de Souza.
Segundo o São Paulo, a saída do volante renderia aos cofres do clube 35% dos 8 milhões de euros (cerca de R$ 28 milhões, na conversão da época), a serem pagos pelo time turco.
A defesa são-paulina tem duas semanas para tentar impugnar a penhora. Antes da tentativa da Prazan Comercial de bloquear parte da venda de Rodrigo Caio, a diretoria do clube afirmou publicamente que usaria a renda de um jogo contra o Cruzeiro (no Morumbi, em maio) para quitar a dívida, o que não ocorreu.