Thiago Carpini fala sobre vaias e pressão após derrota para o Fortaleza
Fortaleza venceu o São Paulo no MorumBIS pela primeira rodada do Brasileirão
O São Paulo perdeu para o Fortaleza em casa, no MorumBIS, por 2 a 1 na estreia do Brasileirão neste sábado (13). O técnico Thiago Carpini falou sobre o desempenho do grupo após a partida, admitiu a queda de produção e parabenizou a festa da torcida.
O Tricolor fez um bom primeiro tempo, com chances de Michel Araújo, Luciano e Alisson. No segundo tempo, o Fortaleza deitou e rolou, com gols de Lucero e Machuca, enquanto André Silva descontou em casa.
Em entrevista coletiva, Thiago Carpini falou sobre a queda do elenco após o primeiro tempo. O treinador citou a falta de concentração em campo, que resultou em dois gols do Leão.
- A queda é nítida. Faltou o gol no primeiro tempo, o cenário seria outro e nós merecíamos. No segundo tempo sofremos com a queda de concentração, um pouco do aspecto da ansiedade e do emocional. Trata-se de uma nova competição, a primeira rodada, é preciso ter a constância. Falamos sobre o período entre Cobresal e Fortaleza, o quão importante é jogar bem, pontuar e vencer. Precisamos estar bem em todas as competições, buscar a vitória em todos os momentos. No segundo tempo caímos. No primeiro gol, tínhamos superioridade. São erros recorrentes, me incomoda muito, também o torcedor. O segundo gol é total desequilíbrio. A primeira finalização do Fortaleza foi o gol. Tem situações que fogem do controle, o ímpeto do atleta, e eu não acho isso ruim, mostra a gana de fazer o melhor pelo São Paulo, de buscar a vitória. Precisamos de mais equilibro, não podemos estar tão expostos.
No segundo tempo, Thiago Carpini foi alvo de vaias da torcida são-paulina. O comandante falou sobre a pressão e sobre o momento complicado do time.
- É difícil pedir paciência para o torcedor do São Paulo, que faz uma festa linda no MorumBIS. Nos sentimos chateados por não dar a resposta para o torcedor, estrear bem e manter o nível que tivemos em 45, 50 minutos em 80, 90 minutos para ter um resultado melhor. Entendemos a chateação do torcedor porque é nossa também. Posso dizer que a gente segue trabalhando. Paciência, por mais que seja difícil no momento, precisamos melhorar e evoluir, os aspectos físicos, ver se conseguimos o retorno de atletas que estão fora. Se tem um ponto positivo é o torcedor são-paulino.
Eu sou o comandante, seria muito cômodo vir aqui e apontar erros, não é o meu papel e não é o meu perfil. Temos uma boa relação, dividimos a responsabilidade. Talvez seja uma coisa cultural em nosso futebol que sempre o treinador é o culpado, faz parte, é o ônus da profissão. Os jogadores também se cobram muito, coletivamente e individualmente, sabem que precisam evoluir. Não me incomodo.
O profissional também explicou as substituições na segunda fase da partida contra o Fortaleza.
- Michel e Igor pediram a substituição, não iria abrir mão de um deles. Dependendo do desenhar da partida a minha ideia era voltar a uma linha de quatro se houvesse necessidade, mas como o Michel pediu e há cinco ou seis meses não fazia 90 minutos e fez dois jogos em sequência, e o Igor sentiu um pouco de cansaço, aí pesou. Ficamos com a imagem do último jogo de trocas que funcionaram, do Erick que entrou bem, William teve a oportunidade. No sistema com três zagueiros poderíamos colocar outro lateral, o lado esquerdo com o Erick, é uma opção tentar manter o time mais ofensivo, ganhar mais profundidade. Uma pena que no momento sofremos o gol, são circunstancias que temos de fazer naquele momento.
Ficamos com a imagem positiva do último jogo. O Erick e o André participaram do gol, no jogo da Argentina o Galoppo e Luciano tinham acabado de entrar. Não atribuo os gols que sofremos pelas entradas dos meninos, Erick e William, de maneira nenhuma. O William é um menino que vem sendo mais aproveitado porque vem mostrando no dia a dia. Não temos o Lucas e o Ferreira. Claro que a responsabilidade não é do William, temos que protegê-lo.
Durante a coletiva, Thiago Carpini também foi questionado por jornalistas sobre a sua relação com Muricy Ramalho.
- É um privilégio ter um cara como o Muricy, um ícone, que viveu grandes coisas aqui no São Paulo. Falamos constantemente sobre desafios e as dificuldades, o ônus de toda a pressão, o momento de dificuldade que faz parte da carreira do treinador. Ele fala que os momentos bons voltam. Antes do jogo contra o Cobresal, o Muricy usou como exemplo que também já foi vaiado. Levanta a cabeça, trabalha e segue com as suas convicções. Muricy é muito discreto, a diretoria do São Paulo também, sempre me dão autonomia e liberdade. As tomadas de decisões são minhas.
Carpini também falou sobre o próximo desafio do clube, o confronto contra o Flamengo fora de casa. Na temporada passada, o Tricolor venceu apenas uma partida como visitante, com oito empates e 10 derrotas.
- Conversar e recuperar a nossa autoestima. O que ficou para trás ficou, não só o jogo de hoje mas também esse retrospecto ruim fora de casa. Entender o que temos de melhor tecnicamente e fisicamente em cima de um adversário difícil fora de casa. Ter um comportamento melhor durante toda a partida e buscar a vitória. É um adversário recente, com boas lembranças, mas é uma nova história.
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PRÓXIMO JOGO DO SÃO PAULO
O São Paulo visita o Flamengo na próxima quarta-feira, 17 de abril, no Maracanã, pela segunda rodada do Brasileirão. A partida começa às 21h30 (de Brasília) e tem transmissão ao vivo da TV Globo e Premiere.
O último confronto entre São Paulo e Flamengo aconteceu em 06 de dezembro de 2023, pela última rodada do Campeonato Brasileiro, no MorumBIS. Com gol de Luciano no primeiro tempo, o Tricolor somou os três pontos em casa.