Scarpa x Bigode: empresa que vendeu alexandritas para Xland discorda de avaliação de R$ 2 bilhões
Empresa investigada por possível golpe em jogadores comprou 20 quilos das pedras preciosas por R$ 6 mil
A empresa "R Andrade", que vendeu 20kg de Alexandritas para a Xland por R$ 6 mil, negou que as pedras preciosas usadas pela empresa como garantia de suas negociações chegue a um valor de mercado de R$ 2 bilhões. Os representantes dizem ainda que esse montante representa quase o dobro do valor necessário para comprar todo o garimpo dessa joia no Brasil. A informação é do 'ge'.
Para chegar nesse valor, a Xland apresentou um laudo técnico assinado pela gemóloga Weysida Carvalho, que avaliou as pedras preciosas. De acordo com a nota fiscal do produto, cada quilo de Alexandrita custou R$ 300.
As joias surgem como uma esperança para os jogadores envolvidos no caso de golpe, entre eles, Gustavo Scarpa, Willian Bigode e Mayke. Os dois primeiros conseguiram na Justiça o bloqueio das Alexandritas, que estão guardadas em uma caixa de segurança em São Paulo. O objetivo dos atletas é reaver o dinheiro investido na empresa e que teria sumido dos cofres da Xland
O pedido de Scarpa foi feito após o jogador Nottingham Forest tentar bloquear R$ 5,36 milhões das contas da Xlan, mas encontrar apenas R$674,89. A decisão que mira as pedras preciosas foi anunciada pela 10ª vara cível do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
Na decisão, a Justiça deixa claro que não é possível realizar a busca e apreensão dos bens depositados devido o alto valor apresentado pela Xland, apesar de a nota fiscal apresentada pela empresa dar conta de que os sócios pagaram R$ 6 mil pelo lote.
No caso de William Bigode, o bloqueio das pedras foi solicitado na 36ª Vara Cível de São Paulo a pedido do atleta e de sua esposa, Loisy Siqueira. Na liminar, o advogado Bruno Santana afirma que o bloqueio visa preservar os interesses não apenas de Bigode, mas de todos os credores da XLand e, principalmente, daqueles que chegaram à empresa por indicação do jogador, caso de Gustavo Scarpa e de Mayke, igualmente prejudicados pela XLand.
Com o deferimento do pedido, os sócios da XLand estão impedidos de retirar as joias do local até o ressarcimento de todos os investidores.
- O objetivo deste processo movido agora é garantir que Bigode e sua família tenham seus direitos preservados, mas também assegurar os direitos daqueles que eventualmente tenham sido lesados tal como eles - afirma Bruno Santana, que acaba de ser constituído por Bigode para cuidar da sua representação na área Cível..