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Série de Romário no Max mostra o melhor (e o pior) do herói do Tetra

Documentário dividido em 6 partes conta a caminhada do artilheiro da infância até o tetracampeonato mundial

2 jul 2024 - 08h06
(atualizado às 10h00)
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Romário
Romário
Foto: Divulgação / Max / Esporte News Mundo

Irreverente. Malandro. Artilheiro. A docusérie biográfica de Romário Faria, no streaming Max, reúne diversos depoimentos para recontar a caminhada do Baixinho rumo ao título da Copa do Mundo de 1994 e no trajeto deixa claro o melhor - e o pior - de um dos grandes artilheiros que o futebol brasileiro já produziu.

Dividida em 6 episódios, "Romário: o cara", traça um perfil de onde surgiu o artilheiro, sua infância desafiando a pobreza no Rio de Janeiro, até o estrelato no Barcelona e na Seleção Brasileira. Bem produzida, tem o mérito de conseguir grandes entrevistas com dirigentes, ex-jogadores (Ronaldo e Roberto Baggio entre eles), amigos e familiares, mas a edição é benevolente com o atacante, transformando episódios como a traição no casamento ou as mentiras para não jogar amistosos em simples causos engraçados.

Por outro lado, a série acerta em cheio ao resgatar o papel artilheiro de Romário, face que muitos jovens podem não ter contato atualmente, relegando o Baixinho a um posto secundário na história. Ao contrário, você pode se surpreender com tudo o que o ex-jogador era capaz de fazer.

Para isso, o diretor Bruno Maia busca desde o talento do atacante nas categorias de base, passando pelo tempo, em geral não muito lembrado, no PSV da Holanda. Ver (ou rever) os gols dessa passagem deixa claro quão diferente e letal Romário podia ser, fazendo gols de todas as maneiras possíveis.

O caminho para o Tetra

A linha narrativa segue a caminhada de Romário para a Copa do Mundo de 1994. É importante entender quão polêmicas foram suas convocações e também as não-convocações, de modo a captar no ar toda a tensão e impacto da última partida das Eliminatórias, contra o Uruguai, no Maracanã.

Sincero, Romário mantém seu estilo ácido para falar aquilo que acredita. Dessa forma, o espectador é levado a comprar o lado do ex-jogador até nas histórias com versões conflitantes, como na quase demissão do treinador Carlos Alberto Parreira após grande pressão da mídia e da torcida.

Curiosamente, a série não conta com nenhuma imagem do arquivo da Rede Globo, o que possibilita assistir jogadas e gols que estamos muito acostumados, mas de uma maneira totalmente diferente.

Reviver o Tetra pela visão de Romário é mais do que nostalgia. É reviver um pedaço da história a partir daquele que efetivamente a escreveu.

Esporte News Mundo
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