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NADO SINCRONIZADO

A graça do balé dentro d'água

Por mais esquisito que possa parecer, o nado sincronizado nasceu entre os homens. Um grupo de atores resolveu fazer algo diferente e armou uma apresentação dentro da piscina no meio do século 19. Em 1891, em Berlim, se tem conhecimento do primeiro torneio oficial. Percebendo que o esporte se parecia muito com o balé, não demorou muito para as mulheres também participarem e acabarem dominando o esporte. Tanto que hoje só elas é que disputam torneios oficiais, inclusive os Jogos Olímpicos.

Em menos de 20 anos, o esporte atravessou o Atlântico e obteve sucesso no Canadá e em seguida nos Estados Unidos. Os dois países, aliás, dominaram os primeiros lugares nos campeonatos até 98, quando começou oficialmente a valer medalhas. A partir de 96, russas, japonesas e francesas passaram a ganhar espaço. Na década de 40, o esporte acabou se popularizando quando a atleta Esther Williams assinou um contrato com o estúdio MGM para fazer aparições dentro da água em filmes, como o Million Dollar Mermaid.

No Brasil não há uma data precisa para o início da natação sincronizada. Sabe-se que, em 43, a professora Maria Lenk organizou na Escola Nacional de Educação Física e Desportos da Universidade do Brasil, no Rio, um grupo de balé aquático sem fins competitivos. As competições em 58 com a realização do primeiro Campeonato Carioca da modalidade, no Tijuca Tênis Clube. A primeira regulamentação da natação sincronizada em língua portuguesa foi traduzida em 57.

REGRAS E CATEGORIAS
Dueto e equipe (cada equipe conta com oito atletas e mais uma reserva) As duplas ou times têm cinco minutos para demonstrar o maior número possível de ações para fazer brilhar suas performances, que são acompanhadas de música. Dez juízes espalhados pela piscina darão as notas às atletas fazendo valer a criatividade e sincronia.

Como já diz o nome, ele trabalha sincronizando os movimentos do corpo com a água e a música. Nele se misturam movimentos de dança e natação, utilizando todas as articulações em uma sincronia de graça e força.

Sua origem é o balé aquático, no entanto, o balé não era considerado esporte porque deixava de lado a técnica para priorizar a plasticidade dos movimentos. Com o tempo, foi surgindo a necessidade de aperfeiçoamento para que as coreografias fossem cada vez melhor executadas. Os três requisitos que mais pesam são execução, sincronia e dificuldade, além da criatividade.

Quanto mais inovações, melhor para a dupla/equipe. As competições de natação sincronizada são divididas em duas categorias: figuras, parte técnica com exercícios obrigatórios e coreografias.

Detalhe: as atletas podem e usam um protetor no nariz para que a água não entre durante as apresentações. E, nos Jogos, a piscina deve ter uma profundidade de até 3 metros e uma largura, de no mínimo, 20 x 30 m, e água tem que estar a uma temperatura de 26 graus.

As notas são dadas por cinco juízes. Assim como na ginástica, cada um é responsável por uma parte técnica e dão notas de 1 a 10. A melhor e pior notas são descartadas. A cada falta são retirados dois pontos. Uma falta pode ser caracterizada como uma trombada entre as atletas ou mesmo se uma tentar ajudar a outra em uma situação delicada.

OLIMPÍADAS
O nado sincronizado fez parte de esporte de exibição nos Jogos de 48 até 68 e acabou estreando como oficial em 84, em Los Angeles, e só com a participação feminina nas categorias dueto e equipe.

SYDNEY
De 24 a 29 de setembro, no Sydney International Aquatic Centre. Oito equipes e mais 24 duetos (formados por nove atletas e mais uma reserva) - todos femininos - vão participar da competição.

 

 


 

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