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Para
alegria da rainha
Utilizado desde que o homem começou a locomover-se
sobre a água, o barco a remo foi explorado como esporte na segunda
metade do século 19. Há notícias de competições que se realizaram
muito antes daquele período, como em Veneza (Itália), no distante
ano de 1315 e na Inglaterra em 1715. Foi neste último país que o
remo se organizou pela primeira vez, inclusive através de clubes,
de que é um exemplo o Leander Club (1817), o mais antigo de todo
o mundo. Mas o esporte ganhou rumo definitivamente no ambiente universitário.
As universidades inglesas de Cambrigde e Oxford,
reduto de estudantes da chamada alta sociedade, adotaram-no e, em
1829, iniciaram a realização da tradicional regata que anualmente
revive, no Rio Tâmisa, os primórdios do remo. Evento que tem atenção
da realeza da Inglaterra.
Da Inglaterra, as regatas rapidamente se espalharam
para diversos países da Europa, ganhando notável impulso. As embarcações,
a princípio largos e pesados, foram aperfeiçoados dentro de uma
técnica que permitiu a obtenção de resultados cada vez melhores,
pela rapidez com que deslizavam na água. A evolução do esporte implicou
na classificação das provas de acordo com o número de remadores,
surgindo competições que variavam, como ainda hoje, de um a oito
homens, com ou sem timoneiro (ou patrão) que é o tripulante encarregado
de orientar o barco e os companheiros.
Nas Américas, o remo alcançou igualmente notável
desenvolvimento, principalmente nos Estados Unidos, onde se tornaram
famosas as regatas Poughkeepsie e as que disputavam entre as Universidades
de Harvard e Yale.
No Brasil, 13 Estados do Brasil têm
Federações de Remo, a saber: Amazonas (AM), Bahia (BA), Brasília
(DF), Espírito Santo (ES), Pará (PA), Paraná (PR), Pernambuco (PE),
Rio de Janeiro (RJ), Rio Grande do Norte (RN), Rio Grande do Sul
(RS), Santa Catarina (SC), São Paulo (SP) e Sergipe (SE). Em julho
de 1956, visitou o Brasil a guarnição de Universidade de Cambridge,
exibindo-se vitoriosamente contra os principais barcos brasileiros.
Essas Universidades voltaram a competir nos
anos de 1990 (Rio de Janeiro e São Paulo), o Brasil venceu as duas
competições e em 1992 (Rio de Janeiro e Vitória-ES) as universidades
ganharam do Brasil.
Em 97, voltando a competir no Brasil, em Manaus,
no Estado do Amazonas, foram vencidos pela equipe brasileira.
Com a evolução dos tempos os barcos de regatas
foram sendo construídos com outro tipo de material, sendo as mais
modernas com fibra de carbono. O preço dos barcos é bem alto, estando
o mais caro em torno de R$ 50.000,00.
REGRAS E CATEGORIAS
Remo significa o ato de deslocar um barco com ou sem timoneiro pela
força muscular de um ou mais remadores, usando remos como alavancas
e sentados de costas para a direção do movimento do barco.
Em um barco a remo, todas as suas partes devem
estar firmemente fixadas ao seu corpo (casco) incluindo os eixos
das partes móveis, mas o carrinho pode se movimentar sobre sua linha
longitudinal.
O comportamento básico dos diferentes tipos
de embarcações são os mesmos. Ou seja, cada um só tem o direito
de 'queimar' uma vez a largada (caso faça duas vezes, é automaticamente
eliminado) e não pode atrapalhar, de qualquer maneira, o barco adversário.
As distâncias também são as mesmas: 2 mil metros. O que difere alguns
barcos de outros é que em alguns deles, o atleta tem dois remos
e em outros apenas um.
Cada embarcação é dividida em dois pesos:
leve (até 72,5 kg) e pesado (acima de 72,6 kg). E, nas que contam
com timoneiro, este não pode pesar mais que 55 kg.
Tipos de embarcações:
SINGLE SKIFF (1X)
PESO: 14 Kg.
COMPRIMENTO: 8,20m
DOUBLE SKIFF (2X)
PESO: 7 Kg.
COMPRIMENTO: 10,40m
FOUR SKIFF (4X)
PESO: 52 Kg.
COMPRIMENTO: 13,40m
DOIS
SEM TIMONEIRO (2-)
PESO: 27 Kg.
COMPRIMENTO: 10,40m
QUATRO
SEM TIMONEIRO (4-)
PESO: 50kg.
COMPRIMENTO: 13,40m
OITO
COM TIMONEIRO (8+)
PESO: 96kg.
COMPRIMENTO: 19,90m
Sem timoneiro
Os barcos sem timoneiro devem ter pontos de referência representados
por painéis sinalizadores, colocados no eixo de cada raia, atrás
da linha de partida, grandes o suficientes para serem vistos a cada
500 metros.
Correnteza
Não deve haver correnteza. Se por acaso houver, não deve ocasionar
condições desiguais nas diversas balizas e não deve exceder a seis
metros por minuto em regatas internacionais ou nacionais e doze
metros por minuto em regatas estaduais. O desenvolvimento correto
das provas não deve ser perturbado por ondas de origem artificial
ou natural. As margens da raia não devem devolver as ondas, mas,
pelo contrário, absorvê-las.
É proibido usar aparelhos de transmissão sem
fio nos barcos, tanto para emissão como para recepção (contato com
o exterior). E é proibido aplicar sobre o casco dos barcos produtos
que beneficiem o deslocamento do barco sobre as águas.
OLIMPÍADAS
O remo faz parte dos Jogos Olímpicos desde 1900. O esporte obedece
à norma geral das organizações esportivas, sendo controlada, no
âmbito mundial pela Fédération Internacionale des Sociétés d'Aviron
- FISA, com sede na Suíça.
SYDNEY
De 26 de setembro até 1º de outubro, no Sydney International Regatta
Centre, Penrith Lakes.
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