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Sub-20 vira referência do "novo Brasil" com futebol alegre e ofensivo

13 fev 2011 - 07h13
(atualizado às 10h11)
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Fábio de Mello Castanho
Direto de Arequipa (Peru)

A campanha vitoriosa no Sul-Americano Sub-20, encerrada com a goleada por 6 a 0 na partida decisiva contra o Uruguai, na madrugada deste domingo, virou referência e exemplifica o caminho que a nova comissão técnica da Seleção Brasileira pretende trilhar em competições por todas as categorias.

Se no time principal Mano Menezes tem privilegiado equipes com proposta ofensiva, Ney Franco indicou o mesmo caminho com a Seleção Sub-20 campeã com sete vitórias, um empate e uma derrota. Em suas palavras, é preciso resgatar o futebol que consagrou o País como escola do jogo bonito.

"A gente sempre vai tentar montar no Brasil equipes ofensivas. Essa ideia ficou mais sólida agora, disputando essa competição. Temos de convocar jogadores com perfil ofensivo, que desequilibrem com um drible, e que se movimentem muito, para produzirmos grande atletas que possam representar a Seleção Principal no futuro", afirmou em entrevista ao Terra.

O discurso resvala no trabalho anterior, desenvolvido por Dunga, um treinador que privilegiava uma marcação forte e muitas vezes o jogo de contra-ataque. A proposta ia de encontro com a tendência de outras equipes sul-americanas, que tem buscado formações ofensivas.

"Fiquei impressionado por como que o futebol sul-americano está jogando ofensivamente, e o Brasil não pode fugir disso. Todas as equipes se armaram em um 4-3-3, uma variação de 4-4-2 e as vezes até com um 4-2-4", avaliou Ney Franco sobre a torneio peruano.

Desde o início da competição, Ney Franco armou um Brasil com uma linha de quatro na defesa, dois volantes que se revezavam como opção de ataque e um quarteto ofensivo que variava de posicionamento e nome dependendo da partida.

A preferência de Ney sempre foi por dois jogadores abertos, atuando como os antigos pontas, que eram obrigatórios em times do passado. A proposta foi verificada também em outras seleções do torneio e, segundo o treinador, indica um resgate de um futebol romântico.

"O que me chamou a atenção nesse campeonato foi a presença dos camisas 7 e 11. Toda seleção sempre teve esses jogadores atuando bem. Tiveram muito destaque os jogadores de velocidade que caem pelos cantos do campo... achei muito interessante. Foi a competição dos atletas que jogam como os antigos pontas", explicou.

Vale destaque ainda as substituições de Ney Franco, sempre mantendo a proposta de ataque. O treinador apenas fez alterações para fechar o time em situações de expulsão de zagueiros e contra a Colômbia, quando primeiramente deixou o time com um volante, mas voltou atrás ao perder poder de marcação no meio-de-campo.

Neste cenário, o campeonato terminou com uma média de 2.65 gols por partida. O Brasil se destacou como melhor ataque, com 24 gols (média de 2,66), e teve o artilheiro, Neymar com nove. Mesmo com a proposta ofensiva, foi bem também na marcação do meio-campo, sendo campeão de roubadas de bola e faltas cometidas.

Relembre a campanha brasileira

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Segunda fase
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Fonte: Terra
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