O polêmico afastamento da etapa da África do Sul no calendário da WSL
Ondas de Jeffrey's Bay
Tradição da World Surf League (WSL) desde o final da década de 1990, a etapa de Jeffrey's Bay, na África do Sul, ficou de fora da temporada 2024 na principal liga de surfe do mundo. Consideradas pelos atletas como uma das melhoras direitas do circuito, as ondas perfeitas do local vão fazer falta para quem acompanha este clássico pico.
Um dos motivos para a saída de J-Bay do tour foi a falta de apoio financeiro para a realização do evento. Fontes próximas à WSL dizem que a etapa gerou um déficit significativo em 2023 e que a renda prevista para a nova temporada seria ainda menor. Apesar de receberem investimentos de alguns patrocinadores, do município de Kouga e da Eastern Cape Parks and Tourism, a quantia necessária para a realização do campeonato não foi alcançada e a WSL foi forçada a tomar uma dolorosa decisão.
O Governo da África do Sul não valoriza o impacto positivo de receber a etapa como parte de um esporte mundial da magnitude que o surfe alcançou. Com o cancelamento de Jeffrey's Bay na WSL o turismo na região que, nos meses de inverno, depende em grande parte da realização do surfe de competição, será bastante afetado. Em média, cada evento tem um custo de operação de em torno de 5 milhões de dólares.
Em contrapartida, na Austrália, os governos municipais estão se esforçando ao máximo para sediar mais eventos da WSL, além das duas etapas da liga, que acontecem em Bells Beach e em Margaret River. Durante muitos anos, os fãs se acostumaram a assistir uma sequência de três paradas na Oceania, com a onda de Gold Coast abrindo as temporadas de surfe.
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A comunidade da WSL espera que as questões políticas sejam resolvidas e que J-Bay consiga abrigar uma etapa do circuito em 2025, ainda que as chances no atual cenário, pareçam remotas. Por enquanto, os sul-africanos terão a chance de torcer por Jordy Smith, Matthew Mcgillivray e Sarah Baum nas Olimpíadas de Paris 2024, a serem realizadas nas ondas do Tahiti.
