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Por desempregados, técnico aposta em "família Etaeta" contra vexame

17 jun 2013 - 09h22
(atualizado às 09h24)
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<p>Treinador lembra trabalho desde a infância feito com jogadores taitianos</p>
Treinador lembra trabalho desde a infância feito com jogadores taitianos
Foto: Bruno Santos / Terra

Segunda-feira, 17 de junho de 2013: um dia que irá entrar para a história do futebol do Taiti. Tudo porque a seleção da Polinésia entrará em campo com uma equipe quase que inteiramente de amadores para representar o país na Copa das Confederações, o segundo torneio internacional mais importante organizado pela Fifa. Para isso, o país conta com um esquadrão de desempregados e ainda a "família Etaeta" do técnico Eddy.

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"É verdade que vários jogadores fazem piadas e me chamam de papai, tenho muito orgulho disso. Mas para essa seleção do Taiti que está agora no Brasil, eu comecei a trabalhar quando tinham 10, 12 anos de idade. E treinei todos eles. E 12, 13 anos depois eles estão aqui, e tenho muito orgulho disso", definiu o treinador Eddy Etaeta, orgulhoso do elenco que construiu. 

Taiti canta para se fortalecer contra gigantes da bola:

"Esse é o sonho de qualquer jogador de futebol. E quando os vejo aqui, hoje, são todos homens, crescidos, adultos. Então todos os dias as pessoas me chamam de papai, mas apenas para mostrar esse respeito mútuo, e eles me respeitam. Existe a familia Etaeta", brincou o treinador, com referência também à "família Scolari" formada por Felipão com a Seleção Brasileira campeã do mundo em 2002.

O Taiti possui um time formado quase que totalmente por amadores - 22 dos 23 convocados não atuam no futebol profissionalmente. Além disso, 13 deles possuem outros empregos por fora, como professores, entregadores, motoristas e até alpinista. Mesmo assim, o país espera ao menos aprender um pouco com a disputa da Copa das Confederações.

"Para responder à sua primeira pergunta, é verdade que temos jogadores que são apenas amadores. O único profissional é o Marama. Entre os 23, nove deles não têm emprego, são desempregados. O resto deles temos diferentes perfis. Alguns são entregadores, outros motoristas de caminhão, outros professores de educação física, alguns são contadores", definiu Etaeta. 

"O meu jogador de defesa acorda 4h30 da manhã todos os dias e sobe montanhas o dia inteiro, é um alpinista, e monta qualquer coisa. E aí ele vai para o treino às 17h. Essa é a vida diária da maioria dos nossos jogadores. É uma experiência boa para todos nós, vão aprender muito e no futuro isso vai mostrar a nossa necessidade de ter jogadores profissionais", concluiu o comandante.

O Taiti estreia na Copa das Confederações nesta segunda-feira, contra a Nigéria, às 16h (de Brasília), no Estádio do Mineirão.

Fonte: Terra
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